terça-feira, 29 de novembro de 2011

O segundo dia (Revisado!)

25/11/11 – Novamente pela manhã, Lucas volta para o quarto cheiroso e limpinho (maternidade é uma maravilha). A amamentação não dá muito certo, apesar do apoio das enfermeiras, e Dani já apresenta fissuras nos seios, devido à pega errada do bebê, que tem de abocanhar não apenas o mamilo, mas tudo em volta dele. Devido aos ferimentos nos mamilos, optamos por mandar Lucas passar a noite no berçário novamente, onde é monitorado o tempo todo e recebe complemento (leite artificial) durante a noite.

O papai fez sua primeira, e bem sucedida, tentativa de trocar fraldas, pois o bebê nem chorou, e ficou todo limpinho.

Além disso, fiz a certidão de nascimento no próprio hospital, que tem um posto cartorário no dentro do prédio – o cartório ligou para o quarto e disse que já estava com a documentação do hospital em mãos e que era só eu descer com identidade minha e da mãe. A certidão saiu em menos de 5 minutos, e gratuita, como manda a lei. Mas acabei pagando a plastificação e uma certidão de nascimento original reduzida, um pouco menor que uma caixinha de CD, mais prática, para levar em viagens, por exemplo. E descobri que não há regras para o sobrenome, que pode ser ao gosto do freguês. Porém, optamos pelo tradicional, ou seja, nome da mãe seguido do nome do pai.

Lucas também tomou a vacina BCG, dessa vez cobrada pelo hospital. No posto de saúde, a vacina é gratuita, mas ficamos com medo de sair com ele sem esta vacina, pois é recomendado que o recém-nascido já saia com todas as vacinas tomadas da maternidade.

No meio da tarde, Lucas foi recolhido pelas enfermeiras ao berçário, para uma série de exames e medições. Logo em seguida, ele voltou para o quarto. Em seguida, chegou o pediatra, que veio conversar com a gente sobre os cuidados com o bebê. Ele nos deu uma cartilha com informações básicas e importantes, que realmente nos ajudarão nos primeiros dias. Porém, mais importante que a cartilha, foram dois conselhos: TRANQUILIDADE e PACIÊNCIA.

Aproveitei a presença dos avós para dar entrada nas licenças e em todas as burocracias necessárias quando nasce uma criança. Como Dani trabalha em frente à maternidade, foi fácil resolver a parte dela.

Lucas recebeu a visita da tia Lílian novamente, dos tios Fernando e Flávia, dos tios Ana e Luis, e da pequena amiguinha Lavínia, e também das tias Marcelle e Silvânia.

Lucas no colo da tia Lílian, e os tios Flavia e Fernando
Dani com a tia Marcelle na foto ao lado


Lucas, espertinho de tudo




O Primeiro dia (Revisado!)


24/11/11 – A comemoração foi quádrupla, pois Dani e eu fazemos 4 anos de casados, 6 anos de namoro e 10 anos juntos! Além de ser o primeiro dia com nosso bebê. Ainda bem que ele nasceu dia 23/11, para ter um dia só dele. Dia 24/11 é aniversário de casamento dos pais, dia 30/11 é aniversário do pai, e dias 25/11, 4/12, 8/12, 12/12, 15/12, 16/12 e 25/12 são aniversários de familiares. Lucas foi muito esperto ao nascer, pois, além de escolher um dia só para ele, foi nascer logo depois do chá de fraldas dos colegas de trabalho e do recebimento do 13º do pai.

Logo pela manhã, as enfermeiras dão banho nos bebês no berçário e os levam já prontinhos e cheirosos para os pais. Apesar de Dani não ter dormido e eu ter cochilado apenas umas 4h, acordamos bem dispostos para ficar com o Lucas (a natureza é incrível).

O bebê passa o dia no quarto com a mãe e, se ela quiser, a noite também. As primeiras mamadas foram bem dolorosas, apesar da ajuda constante das enfermeiras. Dani se recupera bem da cesariana e não reclama de dores. Aliás, não reclamou hora alguma, mostrando muita traquilidade e muita força. Optamos por deixar o Lucas passar essa primeira noite após o nascimento no berçário, pois estávamos bem cansados, principalmente a Dani, que não havia dormido.

Também aprendemos como dar banho no bebê (na teoria tudo é muito fácil). E Lucas recebeu a primeira dose da vacina contra Hepatite B (“cortesia” do hospital, que não cobrou pela vacina).

Lucas já abriu os olhinhos, mostrando ser bem esperto. E recebeu as primeiras visitas, dos tios Wiliam, Brunno e Karen, e da amiguinha Marina, do Blog da Marina, na barriguinha da mamãe. Além da visita da Bisavó Silvia, que estava louca para conhecer o bisneto, da tia-avó Denise, da amiga Leila, da tia Lílian novamente e do tio Dudu.
Lucas esperto e com a mamãe
(as manchas vermelhas são ematomas do nascimento, que naturalmente desaparecem)


As primeiras visitas

Bebê espertinho com a avó e o banho-aula

Com a Bisa e com a tia-avó Denise


Com os tios Lílian e Dudu

O Nascimento (Revisado!)

23/11/2011 – Daniela passou a madrugada sentindo contrações com leves cólicas. Às 5h elas ficaram mais frequentes e Dani começou a contar o intervalo entre elas, que estavam de 7 em 7 minutos. Às 6h, Dani foi tomar banho, pois concluiu que Lucas estava dando sinais de que nasceria ainda naquele dia. Ao urinar, percebeu a saída de algo parecido com uma geléia, e associou o fato com o que já havia lido sobre a perda do “tampão mucoso”. Ou seja, era sinal de que o parto estava próximo. Às 6h30, Dani me acorda e diz o que aconteceu até então, e ligou para o Dr Ivan, que mandou monitorar as contrações que, se tivesse 2 em 10 minutos era para ir para a maternidade e ligar para ele. Se as coisas continuassem assim, era para ir ao consultório à tarde, para uma consulta de emergência.

Nada mudou e fomos à consulta. Ele examinou e concluiu que muito provavelmente não seria possível o parto normal, pois Lucas não parecia estar corretamente encaixado, apesar de estar pressionando o colo do útero. Além disso, a dilatação não havia começado. Era provável que Dani passasse mais horas com dor (e a tendência das contrações era piorar), tendo de acabar fazendo cesariana.

Então, ele disse: “se você quiser, a gente faz a cesariana”. Perguntamos: “quando?” E ele: “hoje! Você interna e lá pelas 20h a gente opera!”. Dani não imaginava ouvir tal coisa. Dani queria que ele constatasse que o Lucas nasceria logo, mas de parto normal e ficamos sem saber o que fazer. O obstetra havia jogado a decisão nas nossas mãos. Disse para tomarmos um sorvete com minha sogra (que também foi à consulta) para pensar e tomar a decisão. Minha sogra ainda perguntou se, em caso da cesariana, não seria necessário estar em jejum, e ele disse que um sorvete não teria problema. Fomos ao sorvete. Porém, Dani ficou preocupada com o fato de o Dr. Ivan, ao ouvir os batimentos cardíacos do Lucas, ter dito que os batimentos estavam diminuindo, ficando lentos, cada vez que vinha uma contração e, assim, já poder haver falta de oxigenação para o bebê. Disse que isso não significava que a cesariana era uma urgência, pois o feto recuparava o ritmo normal do coração após as contrações, e que ainda podíamos escolher esperar mais para tentar o parto normal, mas deveríamos ficar atentos.

Saímos da consulta com medo de esperar demais por um parto normal, e isso prejudicar o bebê. Após muito pensar, decidimos pela cesariana. Pegamos as malas (que já estavam prontas) e fomos para o hospital Panamericano, na Tijuca, onde seria o parto. Lá, soubemos que não havia vaga para internação. Foi quando o maior estresse da nossa vida começou. Ligamos de lá para mais umas 3 opções, que ou não tinham vagas ou estavam fechados para obras. Dr Ivan recomendou então que fossemos para casa procurar com calma alguma outra opção no livro da Unimed-Beta.

Voltamos para casa e comecei a ligar para as maternidades menos longes de casa listadas no livro do plano. Ou os telefones estavam errados (inclusive na internet), ou também não tinha vaga ou também estavam fechados para obras. Sobram umas 3 opções em bairros MUITO longes!

IMPORTANTE! Quem tem Unimed-Beta e mora na Tijuca e arredores está ferrado na hora de ter neném, pois há pouquíssimas opções! Delamare recomenda que o hospital deva ter uma sala de pré-parto e um centro cirúrgico bem equipados, além de UTI neonatal e UTI adulto, o que faz a quantidade de opções diminuir ainda mais.

No meio das ligações, Dani reclamou que as dores estavam aumentando. O desespero fez com que optássemos por uma maternidade particular, e fomos para a Perinatal de Laranjeiras. Queríamos uma maternidade em que nos sentíssemos seguros. Não queríamos ir para qualquer maternidade, só para o nosso plano cobrir.

Acreditei que o plano cobriria pelo menos as despesas com os médicos credenciados, mas não! Quem opta por maternidade particular tem que pagar TUDO, segundo as operadoras de saúde. E tudo tem que ser pago a vista, em dinheiro, cheque ou cartão de débito, sem direito a parcelar nem a colocar pré-datado! Graças a Deus, vínhamos economizando algo para essa eventualidade. Além disso, a família ajudou MUITO, e o décimo terceiro que recebi esta semana, também. Raspamos o tacho, mas conseguimos dar conta das despesas. Infelizmente, o nosso plano não cobre as principais maternidades do RJ: Perinatal, São José e Pasteur (sendo a Perinatal a menos cara das três).

Dani havia falado em mudarmos de plano quando pensamos em engravidar, mas eu e meus sogros achamos besteira. Acreditávamos que as opções de maternidade eram suficientes, mas não são. Principalmente para quem quer parto normal, que não se pode agendar. Quem quer cesariana é bem mais fácil, pois o médico agenda com semanas ou meses de antecedência, o que lhe garante uma vaga certa.

Então, deixo aqui conselhos de quem viveu na pele o estresse de falta de vaga em hospitais numa emergência tão importante:

1) Quem quer engravidar no RJ não economize em plano de saúde! Mudem para que ele cubra todas as maternidades possíveis!

2) Quem quer parto natural, reveja essa opção! Pois, mesmo que o plano cubra todas as boas maternidades, pode ser que você não encontre vaga nelas no dia em que precisar, indo parar numa maternidade que você não conhece, cujos serviços e infraestrutura podem ser ruins, o que NÃO vale a pena! Hoje optaríamos por cesária só para poder marcar e garantir uma vaga numa maternidade conhecida.

3) Mais importante que o tipo do parto é a qualidade da maternidade. Não apenas da infraestrutura, mas também da qualidade de atendimento e dos profissionais. Pois, apesar do excelente atendimento, infraestrutura e qualificação dos funcionários, os primeiros dias são MUITO complicados. Tanto que fizemos questão de ficar os 3 dias que o pacote deu direito, mesmo podendo sair de alta na manhã do dia seguinte. Imagina se tivéssemos ido para uma maternidade qualquer, sem qualidade? É assustador só de pensar.

4) Enfim, economizar nessas horas NUNCA VALE A PENA. Se você pode ter plano de saúde melhor, tenha! Se pode pagar particular, pague! Cada centavo gasto vai valer a pena no final.

Voltando ao parto, nós e meus sogros (como sempre conosco em todos os momentos) chegamos à Perinatal às 20h. Até fazermos nosso cadastro e procedimentos burocráticos, Dr, Ivan chegou. Já eram 21h. Dani foi para o quarto com a anestesista, que já no elevador foi perguntando sobre a gestação, alergia a medicamentos, o que ela havia comido durante o dia, etc. Dr. Ivan foi direto para o centro cirúrgico. No quarto, após terminar a entrevista com a anestesista, uma enfermeira chegou para verificar pressão e temperatura e uma nutricionista quis perguntar sobre alimentação, para montar a dieta da internação. Nesse momento já chegou o maqueiro para levar a Dani ao centro cirúrgico. Ela ainda estava com a roupa da rua! Deram-lhe a camisola e disseram que todos da equipe do Dr. Ivan já estavam prontos e aguardando Dani descer. Foi tudo muito rápido! Ela ainda comentou com o maqueiro no elevador que havia acabado de internar e já estava indo para a cirurgia, e ele disse que era até bom, para não dar tempo de pensar no que ia acontecer e não dar medo. Dani sempre teve medo da cesariana, principalmente da anestesia na coluna e de saber que ficaria sem sentir as pernas. Mas, surpreendentemente, ela foi para a cirurgia muito calma e feliz de saber que logo conheceria finalmente o Lucas! Eu fui com a Dani, mas, quando ela entrou no centro cirúrgico, me levaram para trocar de roupa. No centro cirúrgico o clima foi ótimo. A equipe conversava sobre vários assuntos, ria, todos a trataram super bem, conversavam com ela. Saber que todos ali eram da equipe do Dr. Ivan, em quem confiamos, passava segurança para Dani.

A anestesista Rosane, filha do Dr. Ivan, foi uma simpatia. Conversou com a Dani; explicava as coisas que iam acontecer, para ela saber que era normal. Primeiro pegou uma veia para colocar soro e medicação. Depois, deu a temida anestesia na coluna. Mas não doeu. O efeito é imediato, parece que foi subindo pelas pernas e logo ela não as sentia. Então disseram que estavam colocando uma sonda nela. Logo depois, entrei no centro cirúrgico, com a recomendação de não tocar em absolutamente NADA, a não ser no banco onde me sentei para ficar ao lado da Dani.

Segurei a mão da Dani, e levantaram em nossa frente um lençol, para que não víssimos a cirurgia. Colocaram uma máscara de oxigênio nela e monitores para verificar os batimentos cardíacos. Percebíamos pela movimentação na sala que a cirurgia havia começado, mas Dani não senti nada. Quando senti o cheiro de carne queimada (do bisturi elétrico cortando a Dani), confesso que comecei a suar frio e achei que fosse desmaiar, mas respirei fundo e aguentei. Cerca de 10 minutos depois, perguntaram se eu queria me levantar para fotografar, porque Lucas já ia nascer. Não poderia fazer vergonha e dizer que não. Então, me levantei e, olhando por cima dos óculos (pois sou bastante míope), de forma a ver apenas penumbras e sombras suficientes para deduzir onde e o que estava acontecendo. Foi a maneira que encontrei para não dar uma de frouxo.

Logo ouvimos o choro do Lucas e desceram o lençol para Dani vê-lo. Ao cair o lençol, Lucas estava ali, ao vivo e a cores, chorando alto, todo sujo de sangue. Foi a maior emoção que já sentimos; incrível! Às 22:12, Lucas nasceu. Levaram-no então para um “bercinho” e começaram os procedimentos e exames. Todos os exames deram ótimos resultados, inclusive o teste de Apgar, em que ele ganhou nota 8/9. No dia seguinte, fizeram os testes da orelhinha e do olhinho, que também deram normal. Só não fizeram o teste do coraçãozinho que, para meu espanto, o pediatra da equipe médica não conhecia. Depois, levaram Lucas embrulhadinho e colocaram perto da Dani, que viu pela primeira vez o rostinho dele. Lindo! A anestesista tirou fotos, como Dani havia pedido. Depois, fui com Lucas até o berçário, onde já estavam a postos os avós Elenir, Luis, Silveira e Gabriela, e a tia Lílian.

Enquanto isso, no centro cirúrgico, Dani esperava o fim da cirurgia. Esse momento sim pareceu interminável para ela. Pareceu que foram muitos pontos. Ela ouviu vários comentários entre os médicos: “De onde vem tanto sangue? Me dá mais gaze! Será que é um coágulo?”; “Veja, Dr Ivan, um cisto. Será que vale a pena mexer agora?”; “[Dr Ivan] Me dá logo o bisturi.” E mais cheiro de carne queimada. Dani teve medo de algo estar dando errado e perguntpou várias vezes para a anestesista se era normal demorar tanto, e ela dizia que sim. Ainda não lembramos de perguntar ao Dr. Ivan se ele tirou mais alguma coisa de dentro da Dani além do Lucas.
 
Após o parto, Dr. Ivan confirmou as suas suspeitas. Lucas, apesar de ter descido e estar pressionando o colo do útero desde meados da gravidez, causas da medicação e do repouso, ele não estava corretamente encaixado, tese comprovada pelo hematoma na cabecinha dele. Logo, Dani seria obrigada a passar pela cesariana de uma forma ou de outra.

Mesmo Lucas tendo passado a noite no berçário, eu só dormi 4h, e a Dani nem dormiu, preocupada com a dificuldade de urinar, que durou a noite toda, e que gerou trocas de sonda etc. por quase toda madrugada. Apenas na manhã seguinte o médico receitou um diurético para regularizar o organismo dela, felizmente.

Infelizmente, a enquete foi a maior furada, e as previsões também. Nem os exames, nem a mãe, nem o obstetra, nem quem votou na enquete acertaram a data do nascimento. Só acertaram os amigos Fernando e Maria Flávia. Parabéns!
Chegada à maternidade, com os avós Elenir e Luis


Bebê com mamãe e papai


A comemoração da chegada do primeiro neto e primeiro sobrinho
(e os citados charutos)


A porta do quarto da maternidade

Lucas!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Está chegando a hora!

Ontem o tampão mucoso do útero apresentou os primeiros sinais de rompimento, apesar de a Dani ainda estar tomando remédios. Agora pouco, 6h30, ela me acorda, liga para o médico e confirma que o tampão realmente se rompeu. E as contrações, agora doloridas, estão com intervalos regulares de 7 minutos desde às 5h. Dr. Ivan disse para ficarmos monitorando as contrações que, se diminuírem para 5 minutos, devemos ligar para ele. Se o quadro se mantiver como está, devemos ir a uma consulta com ele hoje ainda. Quando Dani perguntou sobre a consulta marcada para segunda, ele riu e disse que a consulta do dia 28/11 está cancelada. J

Lembrei-me na hora da Amiga Maria Flávia, que me mandou e-mail dizendo que não votou na enquete porque não tinha como votar no dia 23/11!

O negócio agora é rezar para Nossa Senhora do Bom Parto:

Oração -> Ò Maria Santíssima, vós, por uma privilégio especial de Deus, fostes isenta da mancha do pecado original, e devido a este privilégio não sofrestes os incômodos da maternidade, nem ao tempo da gravidez e nem do parto; mais compreendeis perfeitamente as angustias e aflições das pobres mães que esperam um filho, especialmente nas incertezas do sucesso ou insucesso do parto. Olhai para mim, vossa serva, que na aproximação do parto, sofro angústias e incertezas. Dai-me a graça de ter um parto feliz. Fazei que meu bebê nasça com saúde, forte e perfeito. Atenda ao meu pedido: "FAZER O PEDIDO". Eu vos prometo orientar meu filho, sempre pelo caminho certo, o caminho que o vosso filho, Jesus traçou para todos os homens, o caminho do bem. Virgem, mãe do Menino Jesus, agora me sinto mais calma e mais tranquila porque já sinto a vossa maternal proteção. Nossa Senhora do Bom Parto, rogai por mim! Rezar 1 Pai Nosso e 1 Ave Maria.

Seja o que Deus quiser.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Preparativos finais

O dia D está chegando. A tensão do pai é total, enquanto a mãe aparenta certa tranquilidade, pois as dores nas costas, o repouso e o barrigão estão chegando ao fim. E tudo, com exceção do pai, parece estar pronto. As roupinhas do Lucas para os 6 primeiros dias já estão separadas, e as nossas malas, incluindo uma só dele, já estão prontas. O quarto parece também já estar pronto, pois acho que não falta mais nada.

As roupinhas para os 6 primeiros dias.


Arrumando a mala do Lucas e a mala pronta.


A mala dos pais.


O quarto do Lucas (no detalhe, a plaquinha da porta)

Os sites das maternidades costumam orientar quanto ao que levar para o hospital. O hospital onde pretendemos ter o Lucas recomenda levar:

Para a mãe: 1 pacote de absorvente pós parto e objetos de uso pessoal;
Para o bebê: 6 conjuntos de roupinhas, 3 mantas, 6 cueiros, 1 pacote de fraldas descartáveis.

E ainda trazem dicas importantes quanto ao registro do recém-nascido. Reparem no preconceito: o pai não precisa levar certidão de casamento para registrar o rebento, mas a mãe precisa.

Além disso, tem toda aquela correria para incluir o bebê como dependente no Imposto de Renda, no Plano de Saúde, e requerer os auxílios maternidade e creche, e a licença-paternidade. Tudo isso em até 30 dias. Vou sair do cartório com a certidão de nascimento do Lucas direto para os Correios, para fazer um CPF para ele, que sai na hora.

Outra coisa importante que esqueci de citar nos posts sobre testes e cuidados iniciais: a vacinação. O bebê deve sair da maternidade com duas vacinas tomadas: as primeiras doses da BCG e da Hepatite B. Vejam o calendário completo de vacinações de crianças no link abaixo, da Associação Brasileira de Imunizações:


Para ver outros calendários, para prematuros, adolescentes, adultos e idosos, para mulheres e vacinação ocupacional, acesse:



Intuição...

Algo me diz que está chegando a hora... (o frio na barriga é de nitrogênio líquido!)

Dois novos testes do pezinho em 2012

Ministério de Saúde vai incluir dois novos testes do pezinho em 2012
(UOL - 22/11/2011)

O Ministério da Saúde afirmou que deve incluir, em 2012, novas detecções no teste do pezinho - hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase - nos Estados que têm programas mais avançados nesse tipo de diagnóstico e no tratamento de crianças.

A hiperplasia adrenal congênita é uma doença hereditária decorrente da falta de enzimas para a produção de hormônios. A deficiência de biotinidase é uma doença metabólica que leva à falta de uma vitamina.

A ampliação dos diagnósticos feitos com o teste do pezinho foi recomendada pelo Ministério Público Federal em São Paulo nesta semana.

Teste do pezinho pode mudar no sistema de saúde público:

Além das duas detecções já citadas, outros dois tipos de testagem foram recomendados pelo Ministério Público Federal: deficiência de glicose-6-fosfato desidronagenase (ruptura da membrana de células sanguíneas na presença de alguns remédios ou alimentos) e toxoplasmose congênita (doença infecciosa).

Estas não deverão ser incluídas, segundo Miranda. "Ainda não há referência mundial de que essas duas outras doenças tenham necessidade de testagem regular em todas as crianças. Mas vamos ter protocolos [de atendimento]."

Miranda disse à Folha que o ministério pretende fazer um mapa nacional com a situação atual da testagem do pezinho e o consequente acompanhamento das crianças diagnosticadas como positivas nas detecções.

Uma experiência de Minas Gerais servirá de modelo. Lá, de acordo com o secretário, todas as crianças são testadas e, se diagnosticadas com alguma doença, são acompanhadas por profissionais de saúde.

A ideia é que se tenha, até o início do próximo ano, um raio-X dos demais Estados. "A partir daí vamos traçar um plano, que o ministério vai pilotar em parceria com os Estados, para montar serviços de referência", disse ele.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Chá de fraldas surpresa

Os colegas do meu trabalho resolveram fazer um chá de fraldas surpresa para o Lucas. Fui na cozinha fazer um lanche e me surpreendi com todos os colegas presentes cantando canções de ninar e embalando bebês virtuais. Embaixo da mesa, centenas de fraldas. E na parede um cartaz muito legal, que vocês podem ver abaixo. Foi muito legal. Se Lucas vier grande como no desenho, coitada da mãe na hora do parto.


Estatísticas mostram que os bebês consomem de 8 a 12 fraldas por dia nos primeiros meses. Segundo amigos mais experientes, devemos ter:

- 1 pacote de fraldas RN (recém-nascido), para levar para a maternidade (dependendo do tamanho com que a criança nasça, talvez nem use);

- 240 fraldas tamanho P (para 1 mês; 8 fraldas/dia);

- 1.200 fraldas tamanho M (para 5 meses; 8 fraldas/dia);

- 1.200 fraldas tamanho G (para 5 meses; 8 fraldas/dia);

Deixe para comprar fraldas maiores para quando precisar. O normal é usar fraldas M até por mais tempo, mas há bebês que engordam bastante. De acordo com as contas acima, Lucas ainda precisa principalmente de fraldas P e G.

E há diferenças entre fraldas quanto ao tamanho. Por exemplo, a Pampers normal (pacote vermelho) XG é menor que a Pampers Supersec (pacote verde) XG. Vejam nas embalagens das fraldas os pesos dos bebês que cada tamanho suporta. Das de tamanho M, por exemplo, a Pampers Supersec é menos que a Mônica Tripa Proteção. Das de tamanho G, a Pampers Total Confort é a maior, seguida pelas da Turma da Mônica, e a Pampers Supersec é a menor. Das XG/EG, A PomPom Noturna é a maior de todas, e a menor é a Pampers Básica. Clique na foto abaixo para ampliá-la.


Quanto às marcas, as pessoas recomendam a Pampers Supersec, a Turma da Mônica e a PomPom (normal e noturna).



domingo, 20 de novembro de 2011

Preparativos e charuto

Faltam poucos dias para a chegada do mais novo rebento dos Silveira (por parte de mãe e de pai). Um dos rituais de comemoração do nascimento de um filho são as lembrancinhas de maternidade, além de ascender charutos. Juntando as duas coisas, temos charutos de chocolate, politicamente mais corretos.

Entretanto, os preços dos charutos de chocolate estão pela hora da morte. Em lojas especializadas em chocolates, cada um custa cerca de CINCO REAIS. Fiquei tão chocado que resolvi fazer meus próprios charutos! Comprei as fôrmas no 3º piso do já citado Shopping 45 (tem de tudo lá!) e o chocolate nas Casas Pedro (e segui as instruções dos rótulos para derreter e enformar). Para embrulhar, papéis de bem-casados nas Casas Cruz (papelaria), utilizando a mesma técnica para enrolar charutos cubanos, que vocês podem ver abaixo. O rótulo, eu mesmo fiz e imprimi em papel-etiqueta, colando em seguida nos charutos. Cada “charuto dos Silveira” saiu por cerca de R$ 1,50. Abaixo, fotos do processo.

Técnica cubana para enrolar charutos.


Material para comprar: fôrmas, papel para embalar bem-casado, chocolate.


Instruções para derreter e enformar o chocolate.


Utensílios de cozinha utilizados no preparo.


O chocolate derretio, no microondas (porque em banho-maria ninguém merece!)


O chocolate enformado, que fica pronto para manuseio em 1h na parte mais gelada da geladeira
(não se deve colocar no congelador).



Quer ver o charuto pronto e enrolado? Só para quem for visitar o Lucas, hehehehehe...


Remelexo e Baby Boom

Lucas continua arretado e doido para sair, como vocês podem ver no vídeo abaixo. Esse menino vai dar uma canseira daquela nesses pais molengas.

Lucas se mexendo muito mesmo.


Lucas também deve estar feliz com a chegada de mais um amiguinho(a), pois acabamos de descobrir que mais um casal de amigos está grávido. Parabéns aos recém-papais (com 5 semanas)!

Testes e exames nos recém-nascidos

Nas minhas leituras pré-paternidade, descobri que há exames importantes a serem feitos nos recém-nascidos, que detectam uma série de doenças e problemas que devem ser tratados o quanto antes. Os mais famosos são os testes da orelhinha, do pezinho e do olhinho. Mas existe ainda o teste do coraçãozinho. São exames simples, que aumentam as chances de cura de doenças e problemas se diagnosticados logo após o parto.

O teste da orelhinha – chamado Emissões Otoacústicas Evocadas ou Triagem Auditiva Neonatal – pode detectar se o bebê tem alguma perda auditiva e, neste caso, pode prevenir algum problema no desenvolvimento da fala e da linguagem. Estudos indicam que bebês com problemas auditivos que tenham intervenção fonoaudiológica adequada até os seis meses de idade podem desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.

Esse teste é obrigatório, e gratuito, desde o ano passado, por força da lei federal 12.303/2010. Ele é realizado no segundo ou terceiro dia de vida do bebê, e consiste na colocação de um fone na orelha do bebê, acoplado a um computador que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz.

Já o teste do pezinho (Teste de Guthrie) avalia se o bebê tem doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, mesmo antes do aparecimento dos sintomas, que poderão causar seqüelas irreparáveis no desenvolvimento mental e físico da criança. O teste do pezinho é obrigatório, e gratuito, nas maternidades de todo o Brasil desde 1983, por força da Lei 3.914/83.

Esse teste, chamado também de triagem neonatal, é um exame laboratorial, cuja coleta do sangue é feita a partir de um furinho no calcanhar do bebê, que é uma região rica em vasos sanguíneos. E o furo, por incrível que pareça, é quase indolor, mas a dor ainda é uma sensação nova para os bebês e por isso eles choram. Esse exame só deve ser feito após 48 horas do nascimento (para não sofrer influência do metabolismo da mãe), mas antes de 7 dias de vida.

Existem diferentes tipos de teste do pezinho. O SUS, por meio do Programa Nacional de Triagem Neonatal, cobre a identificação de até quatro doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e fibrose cística. Infelizmente nem todos os estados realizam os quatro testes.

Hoje já existe uma versão ampliada, e subdividida, do teste do pezinho, em que é possível identificar mais de 30 doenças. Quanto maior o número de doenças detectadas, mais caro é o exame, e não é coberto pelo SUS. Porém, exames complementares podem ser realizados com o sangue do papel filtro do teste do pezinho. Entretanto, um resultado normal, seja no teste ampliado ou não, não afasta a possibilidade de outras doenças neurológicas genéticas ou adquiridas, como por exemplo a síndrome de Down.

Importante: não se esqueça de buscar o resultado e, caso haja alguma alteração, leve o teste para o pediatra examinar. E não se preocupe se tiver de repetir o exame, situação muito comum, quando, por exemplo, o teste é realizado antes das 48 horas de vida.

O teste do olhinho (ou o teste do reflexo vermelho) serve para detectar doenças como a retinopatia da prematuridade, catarata congênita, glaucoma, retinoblastoma, infecções, traumas de parto e até cegueira (que atingem cerca de 3% dos bebês). Ele deve ser realizado em bebês na primeira semana de vida, preferencialmente antes da alta da maternidade. O teste é bem rápido, com duração de dois a três minutos, e consiste de uma fonte de luz que sai de um oftalmoscópio (uma “lanterninha”), onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo. Caso contrário, não é possível observar o reflexo ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada. A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como diferenças de grau entre olhos ou o estrabismo.

Importante: os pais devem observar as fotografias de seus filhos e, se em vez do reflexo vermelho que aparece nos olhos aparecer uma mancha branca, procure um oftalmologista. Essa dica, aliás, já circulou por e-mail há muito tempo.

Já o teste do coraçãozinho (Oximetria de Pulso), igualmente importante, pode até salvar a vida de bebês que nascem com defeitos cardíacos. O teste é feito por meio de uma pulseira que mede a concentração de oxigênio no sangue (nível abaixo de 95%, a investigação de problema cardiológico deve ser aprofundada). Esse teste detecta problemas no coração antes mesmo de aparecerem sintomas, e leva menos de 5 minutos. Ele deve ser feito nos membros superiores e inferiores do bebê ainda no berçário e após as primeiras 24 horas de vida, antes da alta hospitalar. Geralmente, um a cada 130 bebês pode apresentar alterações cardíacas congênitas, como buracos entre as câmaras do coração e defeitos na válvula cardíaca. Dani trabalha na pediatria de um hospital cardíaco e sabe bem como são sofridas essas situações.

Aliás, conversei uma vez com o Dr Ivan sobre o Ecocardiograma fetal, exame recente na obstetrícia. Segundo ele, o exame ainda traz resultados pouco conclusivos. Explico: todos os problemas que o Ecocardiograma fetal venha a detectar podem ser sanados pela natureza logo após o parto. E problemas que não existiam no feto podem surgir depois do nascimento. E Dr Ivan nos deu uma aula, que não me lembro, das alterações que o coração e todo o aparelho circulatório sofrem quando o bebê nasce. É assustador, e incrível. Logo, tal exame só se justifica. para ele, se o médico desconfiar de que há algo errado com o coração do feto (Dr Ivan passa um bom tempo ouvindo o coração do Lucas em todas as consultas). E como a Dani ainda está correndo risco de parto prematuro, tomando remédios inclusive, não faz sentido submetê-la a exames sem necessidade. Por isso, também, existe o teste do coraçãozinho logo após o nascimento, para ver se todas as alterações cardíacas do organismo do bebê foram perfeitas.

Aliás, a AACC Pequenos Corações iniciou os pedidos de um projeto de lei para que o teste do coraçãozinho se torne obrigatório no Brasil. Porém, pelo que andei pesquisando, esse teste é pouco difundido no país.


Além dos testes acima, temos o Teste de Apgar, uma maneira simples e eficiente de medir a saúde do recém-nascido e de determinar se ele precisa ou não de alguma assistência médica imediata. É normal que o médico faça a avaliação do bebê sem que os pais se quer percebam. Esse procedimento passou a ser rotineiro após os partos desde que a anestesiologista Virginia Apgar o desenvolveu, em 1952. Um minuto após nascer e novamente aos cinco minutos de vida fora do útero, seu bebê será avaliado da seguinte forma:

• Frequência cardíaca
• Respiração
• Tônus muscular
• Reflexos
• Cor da pele

Cada um destes itens recebe uma nota entre 0 e 2 para se chegar a um total geral (nota máxima 10). Grande parte dos recém-nascidos recebe entre 7 e 10, não requerendo nenhum tratamento imediato.

Os pais podem perguntar ao médico na sala de parto qual foi a nota do bebê. Se a primeira não tiver sido muito alta, não se desespere, porque a segunda, depois de cinco minutos, costuma ser maior e mais tranquilizadora, já que a criança se recupera rápido do estresse do parto. Em caso de dúvidas, converse com o pediatra.

Preparativos e Dicas

O livro A Vida do Bebê – do Dr Rinaldo de Lamare – pode ser considerado a bíblia dos pais. Em sua 42ª edição, o livro tornou-se referência. Ele traz as principais informações e cuidados que devemos ter com os bebês antes mesmo de eles nascerem até o segundo ano de vida. Vou colocar aqui algumas coisas que considero básicas, mas que não são nem 10% do que traz o livro.


Segundo Delamare, os dois primeiros anos são fundamentais para a vida do bebê. O que acontecer nesse período, ele levará para toda a vida. Eu estudei na faculdade que eram os 3 primeiros, período em que a personalidade é formada.

Preparativos antes do bebê nascer:

1) Enxoval: roupas adequadas ao clima da época do nascimento. O ideal são roupas simples, claras e de fácil manuseio. Para a maternidade, macacões. Conjunto de camisa e calça / short não é adequado, pois a blusa sobe e expõe as costas do recém nascido à friagem, prejudicial à saúde dele. O melhor tecido para roupas de bebês é o algodão. Delamare recomenda:

- 12 camisas de pagão ou opala (6 com manga e 6 sem manga);
- 6 macacões (3 de malha e 3 de plush (tecido atoalhado));
- 6 sapatinhos lisos;
- 4 meinhas de algodão;
- 8 babadores de plush;
- 4 mantas de flanela de algodão, de malha de fio de seda ou de algodão;
- 6 jogos de cama (lençóis e fronhas), lisos, sem bordados nem fiapos;
- 6 lençóis para carrinho de bebê;
- 1 bebê-conforto com acolchoado de algodão; (*)
- 6 toalhas de banho (3 de tecido de fralda e 3 de tecido atoalhado);

(*) Normalmente, os acolchoados dos carrinhos de bebê e dos bebês-conforto são de tecidos sintéticos. Por isso, é aconselhável comprar um acolchoado de algodão à parte, para colocar por cima. Porém, ele deve ser compatível com o modelo do seu carrinho (para abertura de passagem dos cintos de segurança). No subsolo do Shopping 45 (Tijuca, Praça Saes Peña) tem duas lojas de bebês e gestantes, onde encontrei dois modelos de acolchoados genéricos, feitos ã mão e que foram compatíveis com o meu carrinho Cosco Reverse, e que pode ser lavado na máquina.

Obs 1.: Panos de prato são contra indicados para enxugar louças, mamadeiras e talheres de bebê. Deve-se reservar um pano específico para isso.

Obs 2.: Nada de roupas que sejam enfiadas pela cabeça do bebê, nem com costuras debaixo dos braços, pois são desconfortáveis. E nada de tecidos de lã que soltam fiapos.

2) Fraldas: um recém-nascido usa de 8 a 12 fraldas por dia. Aliás, fraldas são presentes muito úteis, pois nunca são em excesso.

3) O leite materno é o alimento ideal. O colostro, leite da primeira semana de vida do bebê, é a primeira vacina que ele irá tomar, pois ele protege a mucosa do intestino contra infecções, por meio da imunoglobulina A secretória, que NÃO é encontrada nos leites enlatados. Além disso, é mais nutritivo, pois o cálcio do leito humano é muito melhor assimilado que o do leite de vaca, o que faz com que as crianças alimentadas com leite materno se tornem mais altas e mais inteligentes, e protege o bebê contra a obesidade, pois ele só mama a dose certa.

A mulher que amamenta conserva sua beleza, pois, ao contrário da lenda urbana, amamentar NÃO faz os seios caírem. Isso acontece quando as mães comem demais, principalmente doces e massas, pois é o peso da gordura dos seios que os torna flácidos. Amamentar estimula a contração do útero, para fazê-lo voltar ao tamanho normal, junto com a barriga. Além disso, amamentar protege contra o câncer de mama, que é raríssimo entre mulheres que amamentaram.

4) Acessórios para bebês – Delamare recomenda:

- berço com colchão (*);
- carrinho de bebê;
- banheirinha plástica (para o banho);
- sacola para fraldas;
- cesto para roupa suja do bebê (**);
- protetor de berço;
- cesta de toalete;
- impermeável para cobrir o colchão antes de colocar o lençol (***);
- esteirinha de praia, para se colocado entre o lençol e o impermeável no verão.

(*)Tem pais que preferem comprar logo uma cama, que será aproveitada quando a criança estiver maior. Nós compramos um berço maior, que vira cama.

(**) Não misturar roupas sujas de bebês com a dos adultos. Elas devem ser lavadas separadamente, com sabão líquido neutro, sem alvejantes nem amaciantes comuns.

(***) Comprei também no Shopping 45, nas lojas citadas. Tem um modelo que se pode lavar na máquina, o que é bem mais prático.

5) Farmacinha para bebês, entre outras coisas, Delamare recomenda:

- cálice graduado de 100ml;
- colher de chá
- 3 termômetros (1 clínico, de mercúrio, para temperatura retal; 1 comprido, para temperatura axilar; 1 termômetro para banho, para temperatura da água);

Medicamentos:

- solução de violeta genciana a 1%, sem álcool (20ml);
- água oxigenada a 10 volumes;
- 1 vidro (100g) de supositório de glicerina para crianças pequenas (*);
- 1 vidro de álcool a 70%;
- Para febre, antitérmicos e analgésicos em gotas ou comprimidos (**);
- Para cólicas, Luftal;
- Para narinas, solução fisiológica;
- Para a pele (ferimentos, queimaduras), pomada de bacitracina (***);
- Para a pele (irritação e erupções), pomada de subnitrato de bismuto a 10% ou pasta d’água (***);
- Para manifestações alérgicas, cremes ou pomadas à base de cortisona;

(*) Guardar os supositórios na geladeira;

(**) A dose de aspirina para um bebê deve ser de 10 a 15mg/kg/dose, podendo ser repetida a cada 4 horas, não ultrapassando de 60 a 80 mg/kg/dia.

(***) Essa pomadas não devem ser aplicadas por mais de 7 dias sem recomendação médica.

6) Outras dicas básicas:

- O quarto do bebê deve ser sóbrio, sem muita informação, sem poluição visual, pois isso cansa a criança. Enfeites e quadros nas paredes, no máximo dois.

- O quarto tem de ser limpo com pano úmido e aspirador; nunca com vassoura, para não levantar poeira, que pode ser aspirada pelo bebê.

- Ventilador de teto do quarto do bebê em modo exaustão, velocidade moderada e nunca diretamente sobre ele. Além disso, as pás tem de ser limpas uma vez por semana.

- Ar-condicionado no quarto do bebê: deixar uma porta entreaberta (nunca quarto totalmente fechado); ligue o aparelho com a criança no quarto e nunca a traga depois, com o quarto gelado, para evitar choques térmicos; cama e berço longes das janelas e do ar-condicionado, que deve ter o filtro lavado com detergente neutro uma vez por semana.

- O bebê deve ser pesado entre 7 e 10 dias após sair da maternidade, e deve ser levado ao pediatra semanalmente até completar 2,5kg e, depois, mensalmente.


Os primeiros dias de vida do bebê:

- O recém-nascido sai da barrida da mãe revestido por um material graxento e esbranquiçado chamado vernix caseosa, que protege a pele do bebê e não deve ser removida. A vernix será eliminada naturalmente, com contato com as roupas, nas primeiras semanas de vida.

- Após o parto, o recém nascido é levado ao berçário, onde deverá ficar em incubadora ou berço aquecido durante 2 ou 3 horas.

- Recém-nascidos com deficiência de vitamina K são submetidos a uma injeção da mesma, nas primeiras 2 horas de vida, por enfermeira capacitada. A Vitamina K é importante para a coagulação; sua falta pode trazer distúrbios hemorrágicos.

- O coto umbilical deve ser tratado com todo cuidado, pois ele é uma porta de entrada para infecções perigosas. Ele deve ser tratado com álcool 70% 3 vezes ao dia, deixando-o sempre exposto ao ar, sem ataduras ou gazes, nem fraldas por cima. O coto costuma cair entre 7 e 15 dias de vida.

- Se o parto for normal, é obrigatório por lei a desinfecção dos olhos do recém-nascido, com punição prevista no código penal para quem não o fizer. Consiste na aplicação de uma gota de solução recente de nitrato de prata a 1% em ambos os olhos do recém-nascido. É a credetização. Alguns bebês podem ter conjuntivite por causa do nitrato de prata. Convém consultar um pediatra para ver se a causa é realmente o nitrato.

- Um bebê é considerado normal quando nasce medindo entre 48cm e 50cm, e pesando entre 2,5Kg e 3,5Kg. Recém-nascidos com menos de 2,5Kg tem de ficar no hospital até atingir esse peso mínimo. Bebês com mais de 3,7Kg correm o risco de ter hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue) após o parto. É normal bebê perder cerca de 10% do seu peso nos primeiros 4 dias, e recuperá-lo entre o 5º e o 10º dia de vida.

- Na parte superior da cabeça do recém-nascido encontra-se a fontanela, popularmente conhecida moleira, que é uma parte mole da cabeça. São 2 espaços entre as 4 partes do crânio, que são soltas. O crânio mole e solto ajuda a cabeça a se moldar para passar pelo canal vaginal no parto normal. Esses espaços podem inchar, quando o bebê chora forte ou quando tem alguma doença do sistema nervoso central, ou podem deprimir, quando o bebê está dormindo. A partir dos 6 meses as moleiras começam a diminuir, até o crânio se fechar completamente, entre 9 e 18 meses de vida. Tanto o fechamento precoce, antes dos 9 meses, como sua permanência após os 18 meses devem ser comunicados ao pediatra.

- 100% dos bebês urinam nas primeiras 48h de vida. Se o bebê não urinar entre 24h e 48h de vida, deverá se examinado pelo médico. Não se assuste com o Infarto Úrico, que é a urina com tom alaranjado. Não é sangue, mas excesso de uratos e de ácido úrico. É um fenômeno normal que passará com os dias.

- Nos 4 primeiros dias de vida, o bebê provavelmente defecará mecônio (coco preto ou verde-escuro) 2 ou 3 vezes ao dia – se não evacuar, deve-se chamar o pediatra, para providências IMEDIATAS. A partir do 5º dia o coco fica amarelo. Do 6º dia em diante o coco fica normal (amarelo-ouro, e fedorento). O número de evacuações diárias varia muito nos primeiros 10 dias de vida; há bebês que evacuam até 9 vezes ao dia, enquanto outros apenas um ou duas vezes.

- Deve-se dar banho no bebê com água filtrada ou fervida até a queda do coto umbilical. Aliás, antes de o coto cair, o banho é mais uma “lambida de gato”, com pano úmido, pois não se deve molhar o coto.

- O bebê nasce com olfato completamente desenvolvido. Por isso, não use produtos de limpeza com cheiro forte, não use perfumes no bebê nem em suas roupas, mães não devem usar perfumes nem desodorantes com cheiro. E TODOS os inseticidas são tóxicos para os bebês; TODOS.

- O recém-nascido estará em perigo quando apresentar os sintomas abaixo, sendo necessário procurar um pediatra:

• coloração azulada no rosto, lábios e mãos;
• palidez;
• tremores e convulsões;
• prestação;
• irritabilidade, grito e choros indicando desconforto;
• agitação e inquietude permanente;
• rejeição do seio ou da mamadeira;
• aumento da temperatura;
• dificuldade respiratória, exigindo esforço ou paradas transitórias da respiração;
• icterícia (cor amarelada da pele e, às vezes, também no branco dos olhos);
• fezes líquidas;
• distensão abdominal;
• imobilidade de um braço ou de uma perna.


Visitas ao recé-nascido:

Segundo Delamare, pessoas resfriadas ou doentes não devem visitar bebês.  E lavar bem as mãos antes de tocar no bebê é fundamental. Além disso, Delamare recomenda, ainda, para as visitas:

- NÃO beijar o bebê;
- NÃO tocar ou fazer gracinhas no rosto do bebê;
- NÃO falar alto perto do bebê;
- NÃO falar debruçado sobre o bebê (por causa da saliva do adulto);
- NÃO segurar as mãos do bebê sem antes lavar as suas;
- NÃO tossir no quarto do bebê e muito menos perto dele;

No próximo post, os testes que devem ser feitos nos recém-nascidos.

sábado, 19 de novembro de 2011

Atenção para a enquete!

Participe da enquete ao lado. Quando o Lucas vai nascer? Dê seu voto! Quem acertar, leva para casa um vale-bebê, que dará direito a ficar com o Lucas um dia inteirinho, 24h, com direito a amamentar, dar banho e trocar fraldas.

Exercícios práticos para treinamento de futuros pais

O treinamento é grátis e deve ser feito antes de o rebento nascer. Acabei de comprar um melão no hortifruti e já vou praticar. O grau de dificuldade de cada exercício é equivalente a tratar de uma criança com 01 (um) ano de idade:

Vestindo a Roupinha:

Compre um polvo vivo de bom tamanho e vá colocando, sem machucar a criatura, nesta ordem: fraldas, macaquinho, blusinha, calça, sapatinhos, casaquinho e toquinha. Não é permitido amarrar nenhum dos membros.

Tempo de duração da tarefa: uma manhã.

Comendo Sopinha:

Faça um buraquinho num melão, pendure o melão de lado no teto com um barbante comprido e balance-o vigorosamente. Agora tente enfiar a colherinha com a sopa no buraquinho. Continue até ter enfiado pelo menos a metade da sopa pelo buraquinho.

Não é permitido gritar. Limpe o melão, limpe o chão, limpe as paredes, limpe o teto, limpe os móveis à volta. Vá tomar um banho.

Tempo para a execução da tarefa: uma tarde.

Passeando com a Criança:

Vá para a pracinha mais próxima. Agache-se e pegue uma bituca de cigarro. Atire fora a bituca, dizendo com firmeza: NÃO! Agache-se e pegue um palito de picolé sujo. Atire fora o palito, dizendo com firmeza: NÃO! Agache-se e pegue um papel de bala. Atire fora o papel de bala, dizendo com firmeza: NÃO! Agache-se e pegue uma barata morta, dizendo com firmeza: NÃO! Faça isso com todas as porcarias que encontrar no chão da pracinha.

Tempo para execução: o dia inteiro.

Passando a noite com o bebê para acalmá-lo ou fazê-lo dormir:

Pegue um saco de arroz de 5 kg e passeie pela casa com ele no colo das 20 às 21 horas.
Deite o saco de arroz. Às 22:00 pegue novamente o saco e passeie até às 02:00.
Deite o saco e você. Levante às 02:15 e vá ver a Sessão Corujão porque não consegue mais pegar no sono.
Deite às 03:00. Levante às 03:30, pegue o saco de arroz e passeie com ele até às 04:15.
Deitem-se os dois (cuidado para não usar o saco de travesseiro).
Levante às 06:00 e pratique o exercício de alimentar o melão. Não é permitido chorar perto do saco.

Exercício geral:

Repita tudo o que você disser (frases ou palavras), pelo menos cinco vezes. Repita a palavra NÃO a cada 10 minutos, fazendo o gesto com o dedinho. Gaste uma pequena parcela do seu orçamento (90%) com leite em pó, fraldas, brinquedos, roupinhas. Passe semanas a fio sem transar, sem ir ao cinema, sem beber, sem sair com os amigos e adulando o saco, sorrindo e brincando com ele no colo.

Após praticar por pelo menos 15 dias, você já deverá estar pronto para ter filhos.