domingo, 20 de novembro de 2011

Preparativos e charuto

Faltam poucos dias para a chegada do mais novo rebento dos Silveira (por parte de mãe e de pai). Um dos rituais de comemoração do nascimento de um filho são as lembrancinhas de maternidade, além de ascender charutos. Juntando as duas coisas, temos charutos de chocolate, politicamente mais corretos.

Entretanto, os preços dos charutos de chocolate estão pela hora da morte. Em lojas especializadas em chocolates, cada um custa cerca de CINCO REAIS. Fiquei tão chocado que resolvi fazer meus próprios charutos! Comprei as fôrmas no 3º piso do já citado Shopping 45 (tem de tudo lá!) e o chocolate nas Casas Pedro (e segui as instruções dos rótulos para derreter e enformar). Para embrulhar, papéis de bem-casados nas Casas Cruz (papelaria), utilizando a mesma técnica para enrolar charutos cubanos, que vocês podem ver abaixo. O rótulo, eu mesmo fiz e imprimi em papel-etiqueta, colando em seguida nos charutos. Cada “charuto dos Silveira” saiu por cerca de R$ 1,50. Abaixo, fotos do processo.

Técnica cubana para enrolar charutos.


Material para comprar: fôrmas, papel para embalar bem-casado, chocolate.


Instruções para derreter e enformar o chocolate.


Utensílios de cozinha utilizados no preparo.


O chocolate derretio, no microondas (porque em banho-maria ninguém merece!)


O chocolate enformado, que fica pronto para manuseio em 1h na parte mais gelada da geladeira
(não se deve colocar no congelador).



Quer ver o charuto pronto e enrolado? Só para quem for visitar o Lucas, hehehehehe...


Remelexo e Baby Boom

Lucas continua arretado e doido para sair, como vocês podem ver no vídeo abaixo. Esse menino vai dar uma canseira daquela nesses pais molengas.

Lucas se mexendo muito mesmo.


Lucas também deve estar feliz com a chegada de mais um amiguinho(a), pois acabamos de descobrir que mais um casal de amigos está grávido. Parabéns aos recém-papais (com 5 semanas)!

Testes e exames nos recém-nascidos

Nas minhas leituras pré-paternidade, descobri que há exames importantes a serem feitos nos recém-nascidos, que detectam uma série de doenças e problemas que devem ser tratados o quanto antes. Os mais famosos são os testes da orelhinha, do pezinho e do olhinho. Mas existe ainda o teste do coraçãozinho. São exames simples, que aumentam as chances de cura de doenças e problemas se diagnosticados logo após o parto.

O teste da orelhinha – chamado Emissões Otoacústicas Evocadas ou Triagem Auditiva Neonatal – pode detectar se o bebê tem alguma perda auditiva e, neste caso, pode prevenir algum problema no desenvolvimento da fala e da linguagem. Estudos indicam que bebês com problemas auditivos que tenham intervenção fonoaudiológica adequada até os seis meses de idade podem desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.

Esse teste é obrigatório, e gratuito, desde o ano passado, por força da lei federal 12.303/2010. Ele é realizado no segundo ou terceiro dia de vida do bebê, e consiste na colocação de um fone na orelha do bebê, acoplado a um computador que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz.

Já o teste do pezinho (Teste de Guthrie) avalia se o bebê tem doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, mesmo antes do aparecimento dos sintomas, que poderão causar seqüelas irreparáveis no desenvolvimento mental e físico da criança. O teste do pezinho é obrigatório, e gratuito, nas maternidades de todo o Brasil desde 1983, por força da Lei 3.914/83.

Esse teste, chamado também de triagem neonatal, é um exame laboratorial, cuja coleta do sangue é feita a partir de um furinho no calcanhar do bebê, que é uma região rica em vasos sanguíneos. E o furo, por incrível que pareça, é quase indolor, mas a dor ainda é uma sensação nova para os bebês e por isso eles choram. Esse exame só deve ser feito após 48 horas do nascimento (para não sofrer influência do metabolismo da mãe), mas antes de 7 dias de vida.

Existem diferentes tipos de teste do pezinho. O SUS, por meio do Programa Nacional de Triagem Neonatal, cobre a identificação de até quatro doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e fibrose cística. Infelizmente nem todos os estados realizam os quatro testes.

Hoje já existe uma versão ampliada, e subdividida, do teste do pezinho, em que é possível identificar mais de 30 doenças. Quanto maior o número de doenças detectadas, mais caro é o exame, e não é coberto pelo SUS. Porém, exames complementares podem ser realizados com o sangue do papel filtro do teste do pezinho. Entretanto, um resultado normal, seja no teste ampliado ou não, não afasta a possibilidade de outras doenças neurológicas genéticas ou adquiridas, como por exemplo a síndrome de Down.

Importante: não se esqueça de buscar o resultado e, caso haja alguma alteração, leve o teste para o pediatra examinar. E não se preocupe se tiver de repetir o exame, situação muito comum, quando, por exemplo, o teste é realizado antes das 48 horas de vida.

O teste do olhinho (ou o teste do reflexo vermelho) serve para detectar doenças como a retinopatia da prematuridade, catarata congênita, glaucoma, retinoblastoma, infecções, traumas de parto e até cegueira (que atingem cerca de 3% dos bebês). Ele deve ser realizado em bebês na primeira semana de vida, preferencialmente antes da alta da maternidade. O teste é bem rápido, com duração de dois a três minutos, e consiste de uma fonte de luz que sai de um oftalmoscópio (uma “lanterninha”), onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo. Caso contrário, não é possível observar o reflexo ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada. A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como diferenças de grau entre olhos ou o estrabismo.

Importante: os pais devem observar as fotografias de seus filhos e, se em vez do reflexo vermelho que aparece nos olhos aparecer uma mancha branca, procure um oftalmologista. Essa dica, aliás, já circulou por e-mail há muito tempo.

Já o teste do coraçãozinho (Oximetria de Pulso), igualmente importante, pode até salvar a vida de bebês que nascem com defeitos cardíacos. O teste é feito por meio de uma pulseira que mede a concentração de oxigênio no sangue (nível abaixo de 95%, a investigação de problema cardiológico deve ser aprofundada). Esse teste detecta problemas no coração antes mesmo de aparecerem sintomas, e leva menos de 5 minutos. Ele deve ser feito nos membros superiores e inferiores do bebê ainda no berçário e após as primeiras 24 horas de vida, antes da alta hospitalar. Geralmente, um a cada 130 bebês pode apresentar alterações cardíacas congênitas, como buracos entre as câmaras do coração e defeitos na válvula cardíaca. Dani trabalha na pediatria de um hospital cardíaco e sabe bem como são sofridas essas situações.

Aliás, conversei uma vez com o Dr Ivan sobre o Ecocardiograma fetal, exame recente na obstetrícia. Segundo ele, o exame ainda traz resultados pouco conclusivos. Explico: todos os problemas que o Ecocardiograma fetal venha a detectar podem ser sanados pela natureza logo após o parto. E problemas que não existiam no feto podem surgir depois do nascimento. E Dr Ivan nos deu uma aula, que não me lembro, das alterações que o coração e todo o aparelho circulatório sofrem quando o bebê nasce. É assustador, e incrível. Logo, tal exame só se justifica. para ele, se o médico desconfiar de que há algo errado com o coração do feto (Dr Ivan passa um bom tempo ouvindo o coração do Lucas em todas as consultas). E como a Dani ainda está correndo risco de parto prematuro, tomando remédios inclusive, não faz sentido submetê-la a exames sem necessidade. Por isso, também, existe o teste do coraçãozinho logo após o nascimento, para ver se todas as alterações cardíacas do organismo do bebê foram perfeitas.

Aliás, a AACC Pequenos Corações iniciou os pedidos de um projeto de lei para que o teste do coraçãozinho se torne obrigatório no Brasil. Porém, pelo que andei pesquisando, esse teste é pouco difundido no país.


Além dos testes acima, temos o Teste de Apgar, uma maneira simples e eficiente de medir a saúde do recém-nascido e de determinar se ele precisa ou não de alguma assistência médica imediata. É normal que o médico faça a avaliação do bebê sem que os pais se quer percebam. Esse procedimento passou a ser rotineiro após os partos desde que a anestesiologista Virginia Apgar o desenvolveu, em 1952. Um minuto após nascer e novamente aos cinco minutos de vida fora do útero, seu bebê será avaliado da seguinte forma:

• Frequência cardíaca
• Respiração
• Tônus muscular
• Reflexos
• Cor da pele

Cada um destes itens recebe uma nota entre 0 e 2 para se chegar a um total geral (nota máxima 10). Grande parte dos recém-nascidos recebe entre 7 e 10, não requerendo nenhum tratamento imediato.

Os pais podem perguntar ao médico na sala de parto qual foi a nota do bebê. Se a primeira não tiver sido muito alta, não se desespere, porque a segunda, depois de cinco minutos, costuma ser maior e mais tranquilizadora, já que a criança se recupera rápido do estresse do parto. Em caso de dúvidas, converse com o pediatra.

Preparativos e Dicas

O livro A Vida do Bebê – do Dr Rinaldo de Lamare – pode ser considerado a bíblia dos pais. Em sua 42ª edição, o livro tornou-se referência. Ele traz as principais informações e cuidados que devemos ter com os bebês antes mesmo de eles nascerem até o segundo ano de vida. Vou colocar aqui algumas coisas que considero básicas, mas que não são nem 10% do que traz o livro.


Segundo Delamare, os dois primeiros anos são fundamentais para a vida do bebê. O que acontecer nesse período, ele levará para toda a vida. Eu estudei na faculdade que eram os 3 primeiros, período em que a personalidade é formada.

Preparativos antes do bebê nascer:

1) Enxoval: roupas adequadas ao clima da época do nascimento. O ideal são roupas simples, claras e de fácil manuseio. Para a maternidade, macacões. Conjunto de camisa e calça / short não é adequado, pois a blusa sobe e expõe as costas do recém nascido à friagem, prejudicial à saúde dele. O melhor tecido para roupas de bebês é o algodão. Delamare recomenda:

- 12 camisas de pagão ou opala (6 com manga e 6 sem manga);
- 6 macacões (3 de malha e 3 de plush (tecido atoalhado));
- 6 sapatinhos lisos;
- 4 meinhas de algodão;
- 8 babadores de plush;
- 4 mantas de flanela de algodão, de malha de fio de seda ou de algodão;
- 6 jogos de cama (lençóis e fronhas), lisos, sem bordados nem fiapos;
- 6 lençóis para carrinho de bebê;
- 1 bebê-conforto com acolchoado de algodão; (*)
- 6 toalhas de banho (3 de tecido de fralda e 3 de tecido atoalhado);

(*) Normalmente, os acolchoados dos carrinhos de bebê e dos bebês-conforto são de tecidos sintéticos. Por isso, é aconselhável comprar um acolchoado de algodão à parte, para colocar por cima. Porém, ele deve ser compatível com o modelo do seu carrinho (para abertura de passagem dos cintos de segurança). No subsolo do Shopping 45 (Tijuca, Praça Saes Peña) tem duas lojas de bebês e gestantes, onde encontrei dois modelos de acolchoados genéricos, feitos ã mão e que foram compatíveis com o meu carrinho Cosco Reverse, e que pode ser lavado na máquina.

Obs 1.: Panos de prato são contra indicados para enxugar louças, mamadeiras e talheres de bebê. Deve-se reservar um pano específico para isso.

Obs 2.: Nada de roupas que sejam enfiadas pela cabeça do bebê, nem com costuras debaixo dos braços, pois são desconfortáveis. E nada de tecidos de lã que soltam fiapos.

2) Fraldas: um recém-nascido usa de 8 a 12 fraldas por dia. Aliás, fraldas são presentes muito úteis, pois nunca são em excesso.

3) O leite materno é o alimento ideal. O colostro, leite da primeira semana de vida do bebê, é a primeira vacina que ele irá tomar, pois ele protege a mucosa do intestino contra infecções, por meio da imunoglobulina A secretória, que NÃO é encontrada nos leites enlatados. Além disso, é mais nutritivo, pois o cálcio do leito humano é muito melhor assimilado que o do leite de vaca, o que faz com que as crianças alimentadas com leite materno se tornem mais altas e mais inteligentes, e protege o bebê contra a obesidade, pois ele só mama a dose certa.

A mulher que amamenta conserva sua beleza, pois, ao contrário da lenda urbana, amamentar NÃO faz os seios caírem. Isso acontece quando as mães comem demais, principalmente doces e massas, pois é o peso da gordura dos seios que os torna flácidos. Amamentar estimula a contração do útero, para fazê-lo voltar ao tamanho normal, junto com a barriga. Além disso, amamentar protege contra o câncer de mama, que é raríssimo entre mulheres que amamentaram.

4) Acessórios para bebês – Delamare recomenda:

- berço com colchão (*);
- carrinho de bebê;
- banheirinha plástica (para o banho);
- sacola para fraldas;
- cesto para roupa suja do bebê (**);
- protetor de berço;
- cesta de toalete;
- impermeável para cobrir o colchão antes de colocar o lençol (***);
- esteirinha de praia, para se colocado entre o lençol e o impermeável no verão.

(*)Tem pais que preferem comprar logo uma cama, que será aproveitada quando a criança estiver maior. Nós compramos um berço maior, que vira cama.

(**) Não misturar roupas sujas de bebês com a dos adultos. Elas devem ser lavadas separadamente, com sabão líquido neutro, sem alvejantes nem amaciantes comuns.

(***) Comprei também no Shopping 45, nas lojas citadas. Tem um modelo que se pode lavar na máquina, o que é bem mais prático.

5) Farmacinha para bebês, entre outras coisas, Delamare recomenda:

- cálice graduado de 100ml;
- colher de chá
- 3 termômetros (1 clínico, de mercúrio, para temperatura retal; 1 comprido, para temperatura axilar; 1 termômetro para banho, para temperatura da água);

Medicamentos:

- solução de violeta genciana a 1%, sem álcool (20ml);
- água oxigenada a 10 volumes;
- 1 vidro (100g) de supositório de glicerina para crianças pequenas (*);
- 1 vidro de álcool a 70%;
- Para febre, antitérmicos e analgésicos em gotas ou comprimidos (**);
- Para cólicas, Luftal;
- Para narinas, solução fisiológica;
- Para a pele (ferimentos, queimaduras), pomada de bacitracina (***);
- Para a pele (irritação e erupções), pomada de subnitrato de bismuto a 10% ou pasta d’água (***);
- Para manifestações alérgicas, cremes ou pomadas à base de cortisona;

(*) Guardar os supositórios na geladeira;

(**) A dose de aspirina para um bebê deve ser de 10 a 15mg/kg/dose, podendo ser repetida a cada 4 horas, não ultrapassando de 60 a 80 mg/kg/dia.

(***) Essa pomadas não devem ser aplicadas por mais de 7 dias sem recomendação médica.

6) Outras dicas básicas:

- O quarto do bebê deve ser sóbrio, sem muita informação, sem poluição visual, pois isso cansa a criança. Enfeites e quadros nas paredes, no máximo dois.

- O quarto tem de ser limpo com pano úmido e aspirador; nunca com vassoura, para não levantar poeira, que pode ser aspirada pelo bebê.

- Ventilador de teto do quarto do bebê em modo exaustão, velocidade moderada e nunca diretamente sobre ele. Além disso, as pás tem de ser limpas uma vez por semana.

- Ar-condicionado no quarto do bebê: deixar uma porta entreaberta (nunca quarto totalmente fechado); ligue o aparelho com a criança no quarto e nunca a traga depois, com o quarto gelado, para evitar choques térmicos; cama e berço longes das janelas e do ar-condicionado, que deve ter o filtro lavado com detergente neutro uma vez por semana.

- O bebê deve ser pesado entre 7 e 10 dias após sair da maternidade, e deve ser levado ao pediatra semanalmente até completar 2,5kg e, depois, mensalmente.


Os primeiros dias de vida do bebê:

- O recém-nascido sai da barrida da mãe revestido por um material graxento e esbranquiçado chamado vernix caseosa, que protege a pele do bebê e não deve ser removida. A vernix será eliminada naturalmente, com contato com as roupas, nas primeiras semanas de vida.

- Após o parto, o recém nascido é levado ao berçário, onde deverá ficar em incubadora ou berço aquecido durante 2 ou 3 horas.

- Recém-nascidos com deficiência de vitamina K são submetidos a uma injeção da mesma, nas primeiras 2 horas de vida, por enfermeira capacitada. A Vitamina K é importante para a coagulação; sua falta pode trazer distúrbios hemorrágicos.

- O coto umbilical deve ser tratado com todo cuidado, pois ele é uma porta de entrada para infecções perigosas. Ele deve ser tratado com álcool 70% 3 vezes ao dia, deixando-o sempre exposto ao ar, sem ataduras ou gazes, nem fraldas por cima. O coto costuma cair entre 7 e 15 dias de vida.

- Se o parto for normal, é obrigatório por lei a desinfecção dos olhos do recém-nascido, com punição prevista no código penal para quem não o fizer. Consiste na aplicação de uma gota de solução recente de nitrato de prata a 1% em ambos os olhos do recém-nascido. É a credetização. Alguns bebês podem ter conjuntivite por causa do nitrato de prata. Convém consultar um pediatra para ver se a causa é realmente o nitrato.

- Um bebê é considerado normal quando nasce medindo entre 48cm e 50cm, e pesando entre 2,5Kg e 3,5Kg. Recém-nascidos com menos de 2,5Kg tem de ficar no hospital até atingir esse peso mínimo. Bebês com mais de 3,7Kg correm o risco de ter hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue) após o parto. É normal bebê perder cerca de 10% do seu peso nos primeiros 4 dias, e recuperá-lo entre o 5º e o 10º dia de vida.

- Na parte superior da cabeça do recém-nascido encontra-se a fontanela, popularmente conhecida moleira, que é uma parte mole da cabeça. São 2 espaços entre as 4 partes do crânio, que são soltas. O crânio mole e solto ajuda a cabeça a se moldar para passar pelo canal vaginal no parto normal. Esses espaços podem inchar, quando o bebê chora forte ou quando tem alguma doença do sistema nervoso central, ou podem deprimir, quando o bebê está dormindo. A partir dos 6 meses as moleiras começam a diminuir, até o crânio se fechar completamente, entre 9 e 18 meses de vida. Tanto o fechamento precoce, antes dos 9 meses, como sua permanência após os 18 meses devem ser comunicados ao pediatra.

- 100% dos bebês urinam nas primeiras 48h de vida. Se o bebê não urinar entre 24h e 48h de vida, deverá se examinado pelo médico. Não se assuste com o Infarto Úrico, que é a urina com tom alaranjado. Não é sangue, mas excesso de uratos e de ácido úrico. É um fenômeno normal que passará com os dias.

- Nos 4 primeiros dias de vida, o bebê provavelmente defecará mecônio (coco preto ou verde-escuro) 2 ou 3 vezes ao dia – se não evacuar, deve-se chamar o pediatra, para providências IMEDIATAS. A partir do 5º dia o coco fica amarelo. Do 6º dia em diante o coco fica normal (amarelo-ouro, e fedorento). O número de evacuações diárias varia muito nos primeiros 10 dias de vida; há bebês que evacuam até 9 vezes ao dia, enquanto outros apenas um ou duas vezes.

- Deve-se dar banho no bebê com água filtrada ou fervida até a queda do coto umbilical. Aliás, antes de o coto cair, o banho é mais uma “lambida de gato”, com pano úmido, pois não se deve molhar o coto.

- O bebê nasce com olfato completamente desenvolvido. Por isso, não use produtos de limpeza com cheiro forte, não use perfumes no bebê nem em suas roupas, mães não devem usar perfumes nem desodorantes com cheiro. E TODOS os inseticidas são tóxicos para os bebês; TODOS.

- O recém-nascido estará em perigo quando apresentar os sintomas abaixo, sendo necessário procurar um pediatra:

• coloração azulada no rosto, lábios e mãos;
• palidez;
• tremores e convulsões;
• prestação;
• irritabilidade, grito e choros indicando desconforto;
• agitação e inquietude permanente;
• rejeição do seio ou da mamadeira;
• aumento da temperatura;
• dificuldade respiratória, exigindo esforço ou paradas transitórias da respiração;
• icterícia (cor amarelada da pele e, às vezes, também no branco dos olhos);
• fezes líquidas;
• distensão abdominal;
• imobilidade de um braço ou de uma perna.


Visitas ao recé-nascido:

Segundo Delamare, pessoas resfriadas ou doentes não devem visitar bebês.  E lavar bem as mãos antes de tocar no bebê é fundamental. Além disso, Delamare recomenda, ainda, para as visitas:

- NÃO beijar o bebê;
- NÃO tocar ou fazer gracinhas no rosto do bebê;
- NÃO falar alto perto do bebê;
- NÃO falar debruçado sobre o bebê (por causa da saliva do adulto);
- NÃO segurar as mãos do bebê sem antes lavar as suas;
- NÃO tossir no quarto do bebê e muito menos perto dele;

No próximo post, os testes que devem ser feitos nos recém-nascidos.