sábado, 29 de outubro de 2011

Depressão pós-parto, do pai!

Navegando nas ondas da Rede, descobri que o pai também pode sofrer de depressão pós-parto e que isso é bem mais comum do que se imagina. De acordo com um estudo publicado no Journal of American Medical Association, 10% dos pais sofrem depressão logo após o nascimento do bebê, e este índice aumenta 3 meses depois, podendo chegar a 25%! E a maior parte dos papais que sofrem esse tipo de depressão é de primeira viagem.

Ou seja, tristeza, medo e insegurança são sentimentos compartilhados também pelos papais. O bebê, além da felicidade, trás novas responsabilidades. E tanto o pai quanto a mãe têm de lidar com essa grande mudança em suas vidas. Existe o mito de que a chegada do bebê trás apenas satisfação, realização e felicidade plena para os pais, mesmo existindo o cansaço físico, com noites sem dormir. Mas é notório que nem tudo são flores. Além disso, a atenção da mulher passa a ser quase que exclusiva do bebê, e muitos pais se sentem excluídos dessa relação. Existe ainda a preocupação com o futuro; a insegurança do pai, sem saber se conseguirá prover, proteger e educar o filho.

A depressão pós-parto causa no pai ansiedade e mudanças de humor, e ele pode ficar irritado facilmente. E não lhe sai da cabeça a sensação de não estar sendo um bom pai, de não estar conseguido transmitir todo o amor para o filho. Esses sentimentos misturados com problemas de trabalho podem ser a causa da depressão masculina pós-parto. Como o homem geralmente não externa seus sentimentos, o problema fica difícil de ser resolvido. E o pior é que esse desequilíbrio emocional é sentido pelo bebê, que pode apresentar problemas de comportamento.

Ainda bem que faço análise e, caso eu venha a sentir algo do tipo, já tenho a quem recorrer para me ajudar. Acredito que muito provavelmente isso vai acabar acontecendo, pois minha cabeça vive a mil por hora, querendo dar conta de tudo, seja no trabalho (que está a dois mil por hora), em casa ou com o bebê.

E quanto mais eu leio sobre bebês e filhos, mais eu vejo que ainda tenho MUITO a aprender, o que é desesperador. Às vezes tenho vontade de não ler mais nada (a ignorância é uma bênção!), e deixar o instinto agir na hora, quando as coisas acontecerem. Até porque certas coisas a gente só aprende, mesmo, na prática. E acredito que ser pai e mãe seja uma delas.


O Obstetra

Nossos amigos do blog Menina Marina lembraram da importância da escolha do obstetra, bem como deram a idéia de narrar como foi essa escolha.

Dani queria uma obstetra mulher que atendesse na Tijuca, pois a ginecologista dela se aposentou este ano. Consegui então a indicação com uma colega de trabalho que teve filho recentemente. Porém, na primeira consulta, Dra. Maria Alice disse que estaria de férias agora em novembro, justamente no mês de previsão do parto. Então, só pegamos com ela os primeiros pedidos de exame e fomos a procura de outra profissional.

Conseguimos outras indicações, mas estava impossível marcar consulta, pois todos os médicos indicados estavam lotados. Foi então que, vendo o desespero da Dani, a Regina, amiga da minha sogra, cedeu seu o horário de consulta naquela semana com o Dr. Ivan. Foi o que conseguimos arrumar de emergência.

Entretanto, Dr Ivan já havia sido indicado pela Regina, que teve as duas filhas com ele. Descobrimos depois que uma prima da minha sogra é apaixonada por ele como médico. Além de ter tido os 3 filhos com ele, tem o Dr Ivan como ginecologista. Além disso, a própria secretaria do Dr Ivan teve os filhos com ele, e o neto também. E no consultório, quando outras pacientes souberam que era a primeira consulta com Dr Ivan, ele foi muito elogiado por todas elas. Tudo isso nos deixou bastante tranquilos, pois indica que ele deve ser mesmo um excelente profissional, tese que tem se confirmado até o momento.

Dr Ivan já deixou escapar que tem mais de 40 anos de profissão e experiência. Apesar da idade, demonstra muita segurança, sapiência e lucidez. E é um médico a moda antiga, que examina de verdade seus pacientes, e só pede exame quando julga ser realmente necessário. Diferente de muitos médicos mais novos, que pedem quilos de exames e nem tocam direito nos pacientes.

Por falar em exames, ele tem no consultório um aparelho que julgo ser da década de 60, pelo design da coisa, que ele utiliza para ouvi o coração do feto. Deveria ser a ultrassonografia da época. Mas funciona perfeitamente e a gente ouve bem claramente as batidas do coração.

Além disso tudo, Dr Ivan tem toda paciência do mundo e deixa suas pacientes bem a vontade. Estamos gostando muito dele e pretendemos continuar com ele em nossa lista VIP de médicos.

Outra preocupação que temos é com o pediatra. Já pegamos duas indicações. Um deles eu sei que é como o Dr Ivan, à moda antiga, que toca e examina de verdade seus pacientes. Ele deve ter estudado semiologia na faculdade de medicina, cadeira que julgo nem existir mais em muitos cursos oferecidos, pois a dependência dos médicos mais novos com relação aos exames é assustadora.