segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Balanço geral

05/12/12 – Lucas também começou a sorrir e já deu sua primeira gargalhada, do nada, no colo do papai. Uma emoção muito grande. Aliás, o primeiro sorriso foi para a mamãe, no terceiro dia de vida.

O mais incrível nesses primeiros dias foi constatar a mudança no organismo dos pais, em função do bebê. A natureza é realmente espetacular. Dormir apenas 4h, sobretudo para a Dani, era inimaginável, ou nos tornaria um bagaço humano em um ou dois dias. Porém, temos conseguido dormir pouco e acordar numa boa.

O sono pesado, meu e dela, quando se trata do Lucas, inexiste. Por mais cansados que possamos estar, acordamos ao menor sinal de desconforto dele. Porém, para outros barulhos, como telefone etc, continuamos com sono pesadíssimo, sem acordar. Nosso sono leve é seletivo, apenas para o bebê.

Nos dias de gripe, em que dormi mal, acordava um lixo humano para cuidar do Lucas. Mas, menos de 5 minutos depois, o organismo se recuperava de tal forma que me deixava novinho em folha para cuidar dele. Após colocá-lo para dormir, o mal estar da gripe voltava. E tem sido assim desde então. A natureza transforma o organismo dos pais para dar conta da tarefa de cuidar do bebê.

Outra mudança diz respeito à perspectiva que os pais têm da vida e do cotidiano. Nosso tempo livre, por exemplo, diminuiu drasticamente, pois temos vivido praticamente em função do Lucas nesses primeiros momentos, mas isso não incomoda. Cuidar dele é um prazer enorme, apesar de cansativo. É como a preparação do casamento, que cansa, mas que é divertido e feliz. Com o tempo, vamos conseguir nos adaptar e criar uma rotina que incluirá o Lucas e nossos hobbies, mas até lá também estamos felizes assim.

Eu, que sempre tive medo da paternidade, da responsabilidade, vejo que não é tão difícil assim quando se tem amor. Vários pais me diziam isso, que basta ter amor que o resto flui naturalmente. Mas eu achava essa afirmação um tanto clichê, papo-padrão para acalmar pessoas na mesma situação. Mas é a mais pura verdade. Além disso, a vida da gente ganha um sentido meio mágico, metafísico. A gente se sente mais perto de Deus (ou passa a acreditar mais Nele), e não há mais solidão, pois um filho consolida em definitivo a família. Não que um casal não seja uma família, mas, quando há um filho, os laços do casal se fortalecem de tal forma que pode até assustar. É uma sensação incrível, que te transforma em uma pessoa MUITO melhor, em todos os sentidos.

Enfim, se você gosta, de verdade, do seu parceiro(a) – e se ele(a) gosta igualmente de você – não tenha medo de se casar e de ter um filho, pois fatalmente tudo dará naturalmente certo, visto que as coisas simplesmente fluem quando há amor. Porém, difícil é encontrar a parceria correta, ou seja, encontrar alguém que goste de você da mesma forma que você gosta dela.

Sem amor, de verdade, nenhuma relação dá certo, com ou sem filho. Filho nunca é a causa do fim de um relacionamento. Ele apenas traz a tona a falta de amor entre o casal, e acelera o inevitável. Ou aumenta esse amor de forma quase inacreditável. Ou seja, um filho mostra, de verdade, se você gosta ou não de quem está com você.

Entretanto, não estou dizendo que quem se ama tem de ter filho. Muitos casais se amam e não querem ter filhos, o que deve ser respeitado, pois filho não deve ser um objetivo, um resultado a ser alcançado. Filho deve ser uma consequência natural de um amor verdadeiro, que já era feliz e consolidado sem a criança, pois filho não cria nada. Filho apenas exacerba, aumenta, acelera tudo que já existe entre o casal, seja amor ou infelicidade. Quem é feliz sem filho, será MUITO feliz com filho; quem já é infeliz sem filho, tornará a vida muito mais infernal com uma criança.

Em resumo, quando há amor, filho é tudo de bom. Aliás, quando há amor, tudo é tudo de bom. Recomendo amar, pois casamento, filhos etc. são consequências do amor, e virão no momento certo.

Lucas nos 10 primeiros dias de vida (clique na foto para ampliá-la)

Do oitavo ao décimo dia

01/12/12 a 03/12/12 – O coto umbilical, previsto para cair até o 15º dia, caiu no 8º dia de madrugada. Ao retirar o Lucas do carrinho para amamentar durante a noite, Dani viu o coto solto na coberta. Nós o guardamos, a pedido da bisavó, que irá enterrá-lo, para evitar que o coto seja comido por animais, o que não é nada bom segundo crenças antigas. Ela já havia enterrado os cotos das netas, e agora enterrará o do bisneto.

Quanto à amamentação, estamos evoluindo a cada dia. Porém, ainda trata-se de uma amamentação a 3: mãe, filho e pai.  Eu auxilio a colocá-lo na posição correta para amamentar, e a segurar as mãos do Lucas para que ele não arranhe os seios da mãe durante a pegada da amamentação, além de muitas vezes segurar a cabeça dele na posição correta durante a mamada, para que ele não largue o osso, digo, o bico, do seio.

Existem basicamente 5 posições para amamentar (mais detalhes aqui, na BabyCenter). Nós começamos tentando pela tradicional, que ocasionou as fissuras. Em casa, com a Janaina, conseguimos melhores resultados com a posição deitada, e foi a posição que adotamos desde então. Porém, no 7º dia, Dani resolveu arriscar a posição tradicional e deu certo, e desde então estamos amamentando dessa forma. O próximo passo é a Dani conseguir colocar o Lucas para mamar sozinha. O que não significa que sairei da jogada, pois sempre sou eu quem coloca o Lucas para arrotar. Dani fica com a amamentação e eu com o arroto, e também ajudo a mantê-lo acordado durante as mamadas; tarefa difícil.

Posição tradicional e posição deitada

Aproveito para fazer uma correção do post do quarto dia, sobre o Nitrato de Prata. Ao contrário do que eu disse, ele não queima como remédio de afta (ainda bem!). No máximo, causa uma leve ardência. Na aplicação, basta “sujar” a ferida com o bastão, deixando-a escura. Isso vai ajudar a cicatrizar. Porém, o melhor remédio de todos, unanimidade entre as mães que amamentaram, é o próprio leite materno. Após amamentar, a mãe deve passar o próprio leite nas fissuras, que tem excelentes propriedades cicatrizantes.

Voltando à amamentação, uma dica importante: faça uma planilha para anotar os horários das mamadas e qual seio foi dado, ou se foi mamadeira. Anote também as fraldas trocadas. Essas informações serão úteis para o pediatra e para os pais monitorarem alterações no comportamento alimentar da criança. Quem não anota se perde facilmente. Logo você vai esquecer o horário da última mamada e, consequentemente não terá idéia da hora da próxima mamada, nem de que seio terá que ser dado (visto que se deve alternar os seios entre as mamadas, caso ele não mame nos dois). Saber o intervalo entre mamadas é importante, para os pais se programarem para comer, tomar banho e até dormir. E principalmente para saber quando acordar o bebê, pois não se deve deixá-lo dormir por mais de 4h durante o dia, para que ele não troque o dia pela noite. A partir das 22h, pode deixá-lo dormir a vontade, mas de dia, não. Clique aqui para pegar a planilha que eu mesmo montei para esses controles. Basta imprimi-la e preenchê-la ao logo do dia (e da noite). A unidade de medida da mamada no seio é o tempo, e da mamadeira é a quantidade (ml). No controle da fralda, basta marcar com X se xixi e/ou coco.

Com o nosso controle, por exemplo, sei que Lucas tem mamado em média 8 vezes por dia, e que seus horários noturnos de mamada são, em média, às 22h, às 3h e às 8h. Ou seja, temos conseguido dormir direto cerca de 4h durante a madrugada, o que está muito bom.

O controle também mostra que trocamos suas fraldas 8 vezes em média a cada dia. Porém, isso não significa um gasto diário de 8 fraldas, mas de 10 ou mais, pois frequentemente Lucas faz xixi e/ou coco no meio da troca de fraldas, fazendo com que gastemos até 3 fraldas em cada troca.

Aliás, a troca de fraldas tem sido uma questão para nós. Temos percebido que Lucas tem ficado parcialmente molhado durante a noite. Ou não estamos colocando direito as fraldas, ou elas não estão segurando o xixi como deveriam (ou as duas coisas juntas), ou não é xixi, mas suor, pois esse problema não acontece durante o dia. Creio que muitas vezes foi xixi mesmo, devido à colocação errada das fraldas, que melhorou bastante após consultoria com outras mães. Temos deixado o Lucas menos coberto, para ver se é suor, embora reparamos que as fraldas estão sempre muito cheias quando ele fica molhado. Enfim, colocar fralda num bebê não é tão simples quanto parece.

Inclusive, as fraldas Pampers têm um recurso muito maneiro: uma lista amarela, que corta a fralda ao meio, de cumprido, pelo lado de fora. Se o bebê faz xixi, essa lista fica azul; se faz coco e xixi, fica azul e amarela (listrada em duas cores). Assim, não é preciso abrir a fralda para verificar o bebê.


O banho, que tem durado 45 minutos em média, continua sua lenta evolução, pois o pai, e o quarto, acabam quase tão molhados quanto o bebê. Principalmente porque Lucas adora fazer xixi quando está tomando banho (a água desperta o pipi preso no bebê).

E Lucas aos poucos vai mostrando seu jeitinho. Apesar de ser bonzinho e não chorar por qualquer coisa, quando chora, é um escândalo. Quem não conhece acha que o estamos esquartejando vivo, ou que ele não come a 3 meses. Mas quando o colocamos no peito, muitas vezes mama apenas 3 minutos. Ele tem talento para ator de novela mexicana. E as cólicas já começaram, o que o deixa bastante incomodado. E já estamos começando a entender seus choros, se é fome, cólica ou outro incômodo qualquer.

Lucas também já fica alguns minutinhos acordado e interagindo com a gente. A fase apenas comer, cagar e dormir começa a ficar para trás.

dia 8 - com meu pai e em posição de Buda


dia 9 - Interagindo com papai e mamãe


dia 10 - Trocando fraldinha e brincando com meu pai



domingo, 4 de dezembro de 2011

Sétimo dia

30/11/11 – Sétimo dia de vida do Lucas e 37º ano de vida completos do papai. De acordo com este site da BBC Brasil, eu fui a 4.029.967.637ª pessoa viva na terra, e Lucas, a 7.002.117.688ª pessoinha do planeta. Apenas 2.972.150.051 nascimentos estão entre pai e filho. Aliás, funcionários do berçário da Perinatal nos disseram que chegam a nascer 800 bebês por mês naquela maternidade, e que 99% nascem de cesariana.

O dia começou tenso, com muita dificuldade para amamentá-lo no peito. Porém, depois de acalmar os ânimos, mãe, pai e bebê se entenderam e as coisas começaram a fluir melhor do que nunca, o que foi um presentão para o pai. Tentamos utilizar um bico de silicone, mas não deu certo. Além disso, ele dificulta sobremaneira a mamada do bebê, que tem de fazer muito mais força, para mamar bem menos. Durante todo o dia, só demos mamadeira duas vezes, no final do dia, para os seios da mamãe descansarem. Alguns tios aproveitaram o aniversário do pai para visitarem o bebê, pois fizemos um rápido bolinho para não deixar a data passar em branco.

No colinho da minha mãe


O loirinho mais gostoso do mundo com os papais

Sexto dia

29/11/11 – Mais uma noite relativamente tranquila, pois Lucas acordou a 1h e às 4h para mamar. Apesar de termos conseguido amamentá-lo no seio durante 20 minutos pela manhã, o resto do dia foi um desastre total e ele acabou ficando com o leite em pó mesmo. Somente às 21h conseguimos amamentá-lo novamente no peito.

Com a ida ao pediatra no dia anterior, nos enrolamos em nossa “rotina” e Lucas acabou ficando sem seu primeiro banho dado pelos pais, pois até dia 26/11 ele tomou banho na maternidade; e dia 27/11, aqui em casa com a enfermeira Janaína. Agora não tem escapatória.

Resolvemos dar banho após o almoço, nosso, num intervalo entre mamadas, pois dar banho nele com fome, chorando e se debatendo horrores não iria dar muito certo. Com a revisão do banho fresquinha na cabeça, foi menos difícil, mas nos enrolamos o suficiente para a água ficar menos morna do que deveria, o que o deixou com um pouco mais de frio, fazendo-o se debater nos braços do pai, pois a Dani, operada, não pode segurar peso dobrando-se sobre a banheira.

O pulo do gato no banho é a pegada-pinça com o braço que segura o bebê, mostrada na imagem abaixo, com destaque em vermelho (mas o polegar e o dedo têm de se tocar para a pegada ficar firme). Assim, por mais que ele se debata, você não irá soltá-lo. Apesar da técnica, o resultado do primeiro banho do Lucas foi: (1) um banho meia boca, pois não queríamos demorar muito visto que ele sentia frio; (2) um pai molhado do peito para baixo; (3) um quarto molhado na região da banheira e do trocador.


Fomos também levá-lo ao Sérgio Franco para fazer o Teste do Pezinho. Como não estava mais chovendo, foi a primeira saída de carrinho de bebê. Para evitar picadas de insetos, o levamos embalado no mosquiteiro do carrinho. Ele chegou dormindo, mas logo acordou com a picada da agulha no pé, e chorou como se estivesse com fome. Mas logo que a retirada do sangue acabou, ele parou de chorar e voltou a dormir. O resultado do exame demora. Só ficará pronto dia 14/12.

Dani está emagrecendo. Apesar de ter saído inchada da maternidade (o que é normal), começou a desinchar. Além disso, a cinta pós-parto também tem ajudado bastante. Recomendamos! Outra coisa legal também são as calcinhas pós-parto, que já fazem uma leve pressão sobre a barriga, além de proteger a cicatriz da cesariana. Recomendamos também aquisições de calcinhas grandes, “de vovó”, com bastante pano, pois são bem mais confortáveis para as gestantes que as calcinhas tradicionais. Essas calcinhas tem de ser de algodão e de cor clara; branca, amarelo ou bege clarinhos, para que a mulher possa visualizar qualquer mínimo sangramento, que deve ser imediatamente avisado ao médico. Abaixo, fotos do 6º dia do bebê.

Indo fazer o teste do pezinho com papai e mamãe

Lucas faz caras e bocas depois de mamar. É muito engraçado. Seja leite materno ou em pó, várias coisas acontecem na barriguinha dele, até culminar num arroto, pum ou num cocozão. Fiz até uma musiquinha para ele que eu canto nessas horas, paródia da música Sampa, do Caetano.

Fotos e letra de "Alguma coisa acontece no meu barrigão"



sábado, 3 de dezembro de 2011

Quinto dia

28/11/11 – Acordei cedo e consegui marcar pediatra para o Lucas para a tarde. Fomos ao Dr. Samuel, indicação da Tânia, amiga minha do trabalho, que cuida dos filhos dela há mais de 12 anos.

Por falar em acordar cedo, até o momento, Lucas parece um anjo. Só chora quando está com fome e quando está com gazes, muito comum quando mama leite em pó. Fora isso, uma tranqüilidade. Estamos conseguindo dormir relativamente bem, pois temos dado de mamar, no período da noite, às 22h, às 3h e depois só às 7h, sendo que teve dias em que ele só acordou às 8h. Já li que esse comportamento tranquilo dura apenas uns 3 dias e que depois o bebê mostra quem realmente ele é. Espero que esse bebê tranquilo já seja o Lucas.

A ida ao pediatra foi um evento. Apesar de o consultório ser bem perto de casa, estava chovendo. Com bebê pequeno você descobre que perto, mesmo, é tudo aquilo que está no mesmo quarteirão que você. A logística adotada foi colocar minha sogra como motorista, para nos levar e nos pegar na porta do prédio do médico, junto com o Lucas no bebê-conforto e mais uma bolsa dele, com fraldas, mamadeira, pomada etc. Aliás, tivemos de trocá-lo no consultório mesmo, pois ele fez o número 2 no meio dos exames.

Chegamos ao consultório com Lucas no bebê-conforto, encoberto pela capa de chuva do carrinho. E ele permaneceu assim na sala de espera, pois o ar-condicionado estava muito frio. Foi então que uma das mães que esperava não se aguentou e perguntou se era nosso 1º filho. Resolvemos então descobrir parcialmente o bebê-conforto.

Gostamos muito do Dr. Samuel. Nos atendeu com toda tranqüilidade do mundo, respondeu a todas as nossas perguntas e tratou Lucas com carinho. Além disso, é muito prático e realista. Ao indagarmos sobre o leite em pó e a dificuldade de amamentar, ele foi bem direto: “Leite em pó só mata aquele bebê que não pode tomá-lo, pois os pais não têm dinheiro para comprar”. Disse que a Dani é quem sabe se deve ou não continuar tentando a amamentação, pois quem sofre é ela; que se tiver muito ruim, ela tem todo direito de desistir.

Disse ainda que o único lugar a ser evitado com bebês tão pequenos é lugar com muita criança. O resto está liberado, depende apenas da habilidade dos pais com o pequeno. Habilidade, aliás, que só vem com a prática. Até lá, tudo cansa muito. Mesmo uma simples ida ao pediatra.

Outra coisa que gostei do Dr Samuel foi seu consultório. A sala de espera tem brinquedos para as crianças e, além de banheiro, há uma sala reservada onde se pode amamentar (com poltrona e tudo) e trocar os pequenos.

Perguntei a ele sobre o teste do coraçãozinho, e ele disse que não é necessário fazê-lo, pois Lucas não apresentava nenhum sinal que o justificasse. Quanto ao teste do pezinho, ele pediu o Plus, além de outros exames que se faz com o mesmo sangue do pezinho.

Existem 3 testes do pezinho: o Teste do Pezinho Básico, que cobre as doenças fenilcetonúria, fibrose cística, hemoglobinopatias, hipotireoidismo congênito, deficiência de biotinidase; o Teste do Pezinho Plus: além das doenças já relacionadas, hiperplasia adrenal congênita, galactosemia, toxoplasmose congênita; e o Teste do Pezinho Master: além das doenças já mencionadas, sífilis, citomagalovirose, doença de chagas e rubéola congênita.

Todos os testes são cobertos pela Unimed, pela carteirinha da mãe e, segundo Dr Samuel, não é preciso ter pressa para fazê-lo, pois o prazo é de até 30 dias após o nascimento. A medicina fala em prazo de 7 dias para assustar as mães para ver se elas fazem o teste em 15 ou 20 dias pelo menos.

Segundo Dr Samuel, Lucas é um menino perfeitamente saudável. Passou para ele apenas um complemento vitamínico, apesar de ele ter engordado 0,5kg em 3 dias. Lucas nasceu com 3,460Kg e saiu da maternidade, no sábado pela manhã, com 3,266Kg. Mas no Dr Samuel já está pesando 3,700Kg. Mas continua com 51cm.

Quando voltamos para casa, pedimos a minha sogra para olhar o Lucas para podermos dormir um pouco. Além do evento pediatra, a luta da amamentação também cansa demais a todos. Sem a ajuda da Janaina as coisas pioraram sensivelmente, mas estamos tentando.

Com os vovôs!


No colo da mamãe e olhando para o papai


O quarto dia

27/11/11 – Dormimos bem, pois a presença dos meus sogros nos deu segurança e tranqüilidade. Minha sogra ficou mais preocupada com o Lucas do que a Dani, e deu colo para ele duas vezes durante a madrugada.

Estamos ainda no segundo dia sozinhos com o Lucas, sem a ajuda da infraestrutura da maternidade, e dois cômodos e meio já estão por conta dele. Além do nosso quarto, que está um caos, e do quarto dele, parte da bancada da cozinha também é dedicada às coisas dele.

A enfermeira Janaína chegou por volta das 9h para nos ajudar com o Lucas. A principal questão era a amamentação, que ela passou o dia nos ajudando. Aproveitamos para fazer também uma revisão geral de cuidados com o bebê, incluindo banho, troca de fraldas etc. Valeu cada centavo, e recomendo a consultoria aos pais de primeira viagem! Quem se interessar, me escreva que mando o contato dela por e-mail.

Mesmo com a ajuda da Janaina, Dani sofreu bastante, e chorou horrores para amamentar. Pensamos inclusive em desistir da amamentação. E passamos mais uma noite dando leite em pó para o Lucas. As mulheres têm tanto medo da dor do parto, normal ou cesária (o pós-operatório), que nem desconfiam que isso é o de menos, pois são dores que duram poucas horas na pior das hipóteses. Já a dor da amamentação, que é terrível, dura semanas, várias vezes ao dia. Aliás, 80% das mulheres que amamentam sofrem essas dores causadas por fissuras nos seios devido à pega errada do bebê. Todas as mães que conhecemos e que amamentaram, com exceção de UMA, sofreram essa dor.

Aliás, há coisas que não podem faltar nas casas das mães que amamentam. Coisas que já têm de estar compradas antes de o bebê nascer, e que ajudam a diminuir esse sofrimento da amamentação:

1) A mais importante: pomada HPA Lanolina, da Lansinoh, mais conhecida como pomada Lansinoh. Ela serve para tratar as fissuras dos mamilos, e pode ser ingerida pelo bebê se não passar em excesso nos seios. O tubinho com 56g custa cerca de R$ 57. Nas farmácias de rua do RJ é impossível encontrá-la. Há outras “genéricas”, tipo Lanidrate (metade do preço), mas não funciona. Outro tipo de economia que não vale a pena. Só consegui comprar pela internet, no site da Drogaria Raia, cujo link segue abaixo (além de ser o melhor preço, o frete é grátis e a pomada chega até o dia seguinte):

(Basta colocar Lansinoh na busca)

2) Concha para amamentação da Nuk. Essa concha fica no seio, sob o sutiã. Além de evitar o contato do mamilo fissurado com o sutiã e com as roupas (o que faria com que ele grudasse nos tecidos, causando dor), ela tem um recipiente que colhe o leite que vaza dos seios. Essas conchas são vendidas em farmácias e é fácil de encontrar. Mais detalhes no link abaixo. Não utilize absorvente para seios, pois eles grudam nos mamilos fissurados, assim como as roupas, e causam dor.


Outra vantagem da concha é que ela faz uma pequena pressão nos seios, fazendo o excesso de leite sair. A mãe que não amamenta ou amamenta pouco devido aos ferimentos corre o risco de ficar com leite acumulado nos seios, o que causa empedramento do leite, dor e até febre.

O fabricante dá a entender que o leite colhido pela concha pode ser dado ao bebê. Vou confirmar com o pediatra essa história.

NÃO usem bomba para tirar leite! Enfermeiras e pediatras são contra elas, pois tiram leite em excesso, estimulando a produção de mais leite pelo organismo. Além disso, as bombas aumentam as fissuras dos seios machucados. Se as conchas não forem suficientes, retire o excesso de leite com as mãos, mas nunca com as bombas.

3) Nitrato de prata em bastão. Dica do obstetra. Ele serve como remédio para afta, que queima o ferimento, fazendo a gente ver a constelação de Órion, mas logo depois a ferida melhora muito. Também só encontrei pela internet, numa farmácia de SP. Segundo farmacêuticos do RJ, o nitrato de prata em bastão foi proibido de ser vendido em farmácias. Abaixo, o link para comprá-lo:


4) Mamare – Protetor para seios com gel. Deve-se coloca-lo no freezer antes de utilizar, para ficar bem geladinho. Ele dá alívio principalmente às mães com seios fissurados. Mais detalhes no linki abaixo. Ele é vendido em uma embalagem azul nas farmácias:


5) Sutiã para amamentação, que facilita bastante a vida da mãe lactante.

6) Mamadeira para recém-nascido. Nós compramos um kit que vem com 3 mamadeiras. A menor, de até 50ml, é para recém-nascidos, pois, quem for dar leite artificial, a medida é de 30ml por mamada em média.

7) Quanto ao leite, o NAN é o menos caro. O NAN 1 é para crianças até os 6 meses. Há outras marcas que alguns dizem ser melhor, mas o pediatra disse que é tudo folclore, que é tudo a mesma coisa. Só mudam os preços.

Aproveitamos a diária da enfermeira para dormirmos um pouco durante o dia, enquanto ela ficava de olho no Lucas. Abaixo, fotos do Lucas no seu quarto dia de vida.

Primeira soneca no bercinho, e algodãozinho na testa para curar soluço (que muitas vezes funciona!)


Desfilando o modelito, e com carinha de que vem pum por aí


Rezando para os anjinhos

O terceiro dia

26/11/11 – Hora de voltar para casa. Às 8h o bebê já estava conosco, e fomos nos preparar para ir embora. O documento de alta do bebê é entregue junto com uma cartilha-carteira do Ministério da Saúde, com informações básicas sobre direitos e deveres das crianças e dos pais, dados do bebê e carteirinha de vacinação. Ganhamos também um DVD com momentos do Lucas no berçário e várias dicas de cuidados com os bebês. “Ganhamos” da maternidade também mais 2 kits com coisinhas: um kit com produtos Granado para bebês e um kit da própria Perinatal, incluindo um CD com músicas para bebês. Lucas também ganhou um kit Granado da tia Silvânia, bem mais legal que o da maternidade.

A volta foi bem tranquila. Lucas dormiu durante todo o trajeto, no bebê-conforto. Devido aos ferimentos nos seios da Dani, optamos por amamentá-lo com leite em pó. A dificuldade e a insegurança para amamentar fez com pedíssemos uma consultoria em casa de uma das enfermeiras da maternidade.

Os avós Luis e Elenir, sempre presentes, nos ajudaram nesse primeiro dia em casa. E descobri que minhas dores no corpo não eram de cansaço pelas poucas horas de sono e nem pela correria para resolver tanta coisa dede que Lucas nasceu, mas sim devido a uma gripe. Era só o que faltava. Pedi então para meus sogros dormirem lá em casa. Minha sogra dormiu com Lucas e Dani no quarto do casal, e eu fui dormir no escritório, longe, para não contaminar ninguém.

 
No bebê-conforto ao chegar em casa e a primeira soneca no carrinho


terça-feira, 29 de novembro de 2011

O segundo dia (Revisado!)

25/11/11 – Novamente pela manhã, Lucas volta para o quarto cheiroso e limpinho (maternidade é uma maravilha). A amamentação não dá muito certo, apesar do apoio das enfermeiras, e Dani já apresenta fissuras nos seios, devido à pega errada do bebê, que tem de abocanhar não apenas o mamilo, mas tudo em volta dele. Devido aos ferimentos nos mamilos, optamos por mandar Lucas passar a noite no berçário novamente, onde é monitorado o tempo todo e recebe complemento (leite artificial) durante a noite.

O papai fez sua primeira, e bem sucedida, tentativa de trocar fraldas, pois o bebê nem chorou, e ficou todo limpinho.

Além disso, fiz a certidão de nascimento no próprio hospital, que tem um posto cartorário no dentro do prédio – o cartório ligou para o quarto e disse que já estava com a documentação do hospital em mãos e que era só eu descer com identidade minha e da mãe. A certidão saiu em menos de 5 minutos, e gratuita, como manda a lei. Mas acabei pagando a plastificação e uma certidão de nascimento original reduzida, um pouco menor que uma caixinha de CD, mais prática, para levar em viagens, por exemplo. E descobri que não há regras para o sobrenome, que pode ser ao gosto do freguês. Porém, optamos pelo tradicional, ou seja, nome da mãe seguido do nome do pai.

Lucas também tomou a vacina BCG, dessa vez cobrada pelo hospital. No posto de saúde, a vacina é gratuita, mas ficamos com medo de sair com ele sem esta vacina, pois é recomendado que o recém-nascido já saia com todas as vacinas tomadas da maternidade.

No meio da tarde, Lucas foi recolhido pelas enfermeiras ao berçário, para uma série de exames e medições. Logo em seguida, ele voltou para o quarto. Em seguida, chegou o pediatra, que veio conversar com a gente sobre os cuidados com o bebê. Ele nos deu uma cartilha com informações básicas e importantes, que realmente nos ajudarão nos primeiros dias. Porém, mais importante que a cartilha, foram dois conselhos: TRANQUILIDADE e PACIÊNCIA.

Aproveitei a presença dos avós para dar entrada nas licenças e em todas as burocracias necessárias quando nasce uma criança. Como Dani trabalha em frente à maternidade, foi fácil resolver a parte dela.

Lucas recebeu a visita da tia Lílian novamente, dos tios Fernando e Flávia, dos tios Ana e Luis, e da pequena amiguinha Lavínia, e também das tias Marcelle e Silvânia.

Lucas no colo da tia Lílian, e os tios Flavia e Fernando
Dani com a tia Marcelle na foto ao lado


Lucas, espertinho de tudo




O Primeiro dia (Revisado!)


24/11/11 – A comemoração foi quádrupla, pois Dani e eu fazemos 4 anos de casados, 6 anos de namoro e 10 anos juntos! Além de ser o primeiro dia com nosso bebê. Ainda bem que ele nasceu dia 23/11, para ter um dia só dele. Dia 24/11 é aniversário de casamento dos pais, dia 30/11 é aniversário do pai, e dias 25/11, 4/12, 8/12, 12/12, 15/12, 16/12 e 25/12 são aniversários de familiares. Lucas foi muito esperto ao nascer, pois, além de escolher um dia só para ele, foi nascer logo depois do chá de fraldas dos colegas de trabalho e do recebimento do 13º do pai.

Logo pela manhã, as enfermeiras dão banho nos bebês no berçário e os levam já prontinhos e cheirosos para os pais. Apesar de Dani não ter dormido e eu ter cochilado apenas umas 4h, acordamos bem dispostos para ficar com o Lucas (a natureza é incrível).

O bebê passa o dia no quarto com a mãe e, se ela quiser, a noite também. As primeiras mamadas foram bem dolorosas, apesar da ajuda constante das enfermeiras. Dani se recupera bem da cesariana e não reclama de dores. Aliás, não reclamou hora alguma, mostrando muita traquilidade e muita força. Optamos por deixar o Lucas passar essa primeira noite após o nascimento no berçário, pois estávamos bem cansados, principalmente a Dani, que não havia dormido.

Também aprendemos como dar banho no bebê (na teoria tudo é muito fácil). E Lucas recebeu a primeira dose da vacina contra Hepatite B (“cortesia” do hospital, que não cobrou pela vacina).

Lucas já abriu os olhinhos, mostrando ser bem esperto. E recebeu as primeiras visitas, dos tios Wiliam, Brunno e Karen, e da amiguinha Marina, do Blog da Marina, na barriguinha da mamãe. Além da visita da Bisavó Silvia, que estava louca para conhecer o bisneto, da tia-avó Denise, da amiga Leila, da tia Lílian novamente e do tio Dudu.
Lucas esperto e com a mamãe
(as manchas vermelhas são ematomas do nascimento, que naturalmente desaparecem)


As primeiras visitas

Bebê espertinho com a avó e o banho-aula

Com a Bisa e com a tia-avó Denise


Com os tios Lílian e Dudu

O Nascimento (Revisado!)

23/11/2011 – Daniela passou a madrugada sentindo contrações com leves cólicas. Às 5h elas ficaram mais frequentes e Dani começou a contar o intervalo entre elas, que estavam de 7 em 7 minutos. Às 6h, Dani foi tomar banho, pois concluiu que Lucas estava dando sinais de que nasceria ainda naquele dia. Ao urinar, percebeu a saída de algo parecido com uma geléia, e associou o fato com o que já havia lido sobre a perda do “tampão mucoso”. Ou seja, era sinal de que o parto estava próximo. Às 6h30, Dani me acorda e diz o que aconteceu até então, e ligou para o Dr Ivan, que mandou monitorar as contrações que, se tivesse 2 em 10 minutos era para ir para a maternidade e ligar para ele. Se as coisas continuassem assim, era para ir ao consultório à tarde, para uma consulta de emergência.

Nada mudou e fomos à consulta. Ele examinou e concluiu que muito provavelmente não seria possível o parto normal, pois Lucas não parecia estar corretamente encaixado, apesar de estar pressionando o colo do útero. Além disso, a dilatação não havia começado. Era provável que Dani passasse mais horas com dor (e a tendência das contrações era piorar), tendo de acabar fazendo cesariana.

Então, ele disse: “se você quiser, a gente faz a cesariana”. Perguntamos: “quando?” E ele: “hoje! Você interna e lá pelas 20h a gente opera!”. Dani não imaginava ouvir tal coisa. Dani queria que ele constatasse que o Lucas nasceria logo, mas de parto normal e ficamos sem saber o que fazer. O obstetra havia jogado a decisão nas nossas mãos. Disse para tomarmos um sorvete com minha sogra (que também foi à consulta) para pensar e tomar a decisão. Minha sogra ainda perguntou se, em caso da cesariana, não seria necessário estar em jejum, e ele disse que um sorvete não teria problema. Fomos ao sorvete. Porém, Dani ficou preocupada com o fato de o Dr. Ivan, ao ouvir os batimentos cardíacos do Lucas, ter dito que os batimentos estavam diminuindo, ficando lentos, cada vez que vinha uma contração e, assim, já poder haver falta de oxigenação para o bebê. Disse que isso não significava que a cesariana era uma urgência, pois o feto recuparava o ritmo normal do coração após as contrações, e que ainda podíamos escolher esperar mais para tentar o parto normal, mas deveríamos ficar atentos.

Saímos da consulta com medo de esperar demais por um parto normal, e isso prejudicar o bebê. Após muito pensar, decidimos pela cesariana. Pegamos as malas (que já estavam prontas) e fomos para o hospital Panamericano, na Tijuca, onde seria o parto. Lá, soubemos que não havia vaga para internação. Foi quando o maior estresse da nossa vida começou. Ligamos de lá para mais umas 3 opções, que ou não tinham vagas ou estavam fechados para obras. Dr Ivan recomendou então que fossemos para casa procurar com calma alguma outra opção no livro da Unimed-Beta.

Voltamos para casa e comecei a ligar para as maternidades menos longes de casa listadas no livro do plano. Ou os telefones estavam errados (inclusive na internet), ou também não tinha vaga ou também estavam fechados para obras. Sobram umas 3 opções em bairros MUITO longes!

IMPORTANTE! Quem tem Unimed-Beta e mora na Tijuca e arredores está ferrado na hora de ter neném, pois há pouquíssimas opções! Delamare recomenda que o hospital deva ter uma sala de pré-parto e um centro cirúrgico bem equipados, além de UTI neonatal e UTI adulto, o que faz a quantidade de opções diminuir ainda mais.

No meio das ligações, Dani reclamou que as dores estavam aumentando. O desespero fez com que optássemos por uma maternidade particular, e fomos para a Perinatal de Laranjeiras. Queríamos uma maternidade em que nos sentíssemos seguros. Não queríamos ir para qualquer maternidade, só para o nosso plano cobrir.

Acreditei que o plano cobriria pelo menos as despesas com os médicos credenciados, mas não! Quem opta por maternidade particular tem que pagar TUDO, segundo as operadoras de saúde. E tudo tem que ser pago a vista, em dinheiro, cheque ou cartão de débito, sem direito a parcelar nem a colocar pré-datado! Graças a Deus, vínhamos economizando algo para essa eventualidade. Além disso, a família ajudou MUITO, e o décimo terceiro que recebi esta semana, também. Raspamos o tacho, mas conseguimos dar conta das despesas. Infelizmente, o nosso plano não cobre as principais maternidades do RJ: Perinatal, São José e Pasteur (sendo a Perinatal a menos cara das três).

Dani havia falado em mudarmos de plano quando pensamos em engravidar, mas eu e meus sogros achamos besteira. Acreditávamos que as opções de maternidade eram suficientes, mas não são. Principalmente para quem quer parto normal, que não se pode agendar. Quem quer cesariana é bem mais fácil, pois o médico agenda com semanas ou meses de antecedência, o que lhe garante uma vaga certa.

Então, deixo aqui conselhos de quem viveu na pele o estresse de falta de vaga em hospitais numa emergência tão importante:

1) Quem quer engravidar no RJ não economize em plano de saúde! Mudem para que ele cubra todas as maternidades possíveis!

2) Quem quer parto natural, reveja essa opção! Pois, mesmo que o plano cubra todas as boas maternidades, pode ser que você não encontre vaga nelas no dia em que precisar, indo parar numa maternidade que você não conhece, cujos serviços e infraestrutura podem ser ruins, o que NÃO vale a pena! Hoje optaríamos por cesária só para poder marcar e garantir uma vaga numa maternidade conhecida.

3) Mais importante que o tipo do parto é a qualidade da maternidade. Não apenas da infraestrutura, mas também da qualidade de atendimento e dos profissionais. Pois, apesar do excelente atendimento, infraestrutura e qualificação dos funcionários, os primeiros dias são MUITO complicados. Tanto que fizemos questão de ficar os 3 dias que o pacote deu direito, mesmo podendo sair de alta na manhã do dia seguinte. Imagina se tivéssemos ido para uma maternidade qualquer, sem qualidade? É assustador só de pensar.

4) Enfim, economizar nessas horas NUNCA VALE A PENA. Se você pode ter plano de saúde melhor, tenha! Se pode pagar particular, pague! Cada centavo gasto vai valer a pena no final.

Voltando ao parto, nós e meus sogros (como sempre conosco em todos os momentos) chegamos à Perinatal às 20h. Até fazermos nosso cadastro e procedimentos burocráticos, Dr, Ivan chegou. Já eram 21h. Dani foi para o quarto com a anestesista, que já no elevador foi perguntando sobre a gestação, alergia a medicamentos, o que ela havia comido durante o dia, etc. Dr. Ivan foi direto para o centro cirúrgico. No quarto, após terminar a entrevista com a anestesista, uma enfermeira chegou para verificar pressão e temperatura e uma nutricionista quis perguntar sobre alimentação, para montar a dieta da internação. Nesse momento já chegou o maqueiro para levar a Dani ao centro cirúrgico. Ela ainda estava com a roupa da rua! Deram-lhe a camisola e disseram que todos da equipe do Dr. Ivan já estavam prontos e aguardando Dani descer. Foi tudo muito rápido! Ela ainda comentou com o maqueiro no elevador que havia acabado de internar e já estava indo para a cirurgia, e ele disse que era até bom, para não dar tempo de pensar no que ia acontecer e não dar medo. Dani sempre teve medo da cesariana, principalmente da anestesia na coluna e de saber que ficaria sem sentir as pernas. Mas, surpreendentemente, ela foi para a cirurgia muito calma e feliz de saber que logo conheceria finalmente o Lucas! Eu fui com a Dani, mas, quando ela entrou no centro cirúrgico, me levaram para trocar de roupa. No centro cirúrgico o clima foi ótimo. A equipe conversava sobre vários assuntos, ria, todos a trataram super bem, conversavam com ela. Saber que todos ali eram da equipe do Dr. Ivan, em quem confiamos, passava segurança para Dani.

A anestesista Rosane, filha do Dr. Ivan, foi uma simpatia. Conversou com a Dani; explicava as coisas que iam acontecer, para ela saber que era normal. Primeiro pegou uma veia para colocar soro e medicação. Depois, deu a temida anestesia na coluna. Mas não doeu. O efeito é imediato, parece que foi subindo pelas pernas e logo ela não as sentia. Então disseram que estavam colocando uma sonda nela. Logo depois, entrei no centro cirúrgico, com a recomendação de não tocar em absolutamente NADA, a não ser no banco onde me sentei para ficar ao lado da Dani.

Segurei a mão da Dani, e levantaram em nossa frente um lençol, para que não víssimos a cirurgia. Colocaram uma máscara de oxigênio nela e monitores para verificar os batimentos cardíacos. Percebíamos pela movimentação na sala que a cirurgia havia começado, mas Dani não senti nada. Quando senti o cheiro de carne queimada (do bisturi elétrico cortando a Dani), confesso que comecei a suar frio e achei que fosse desmaiar, mas respirei fundo e aguentei. Cerca de 10 minutos depois, perguntaram se eu queria me levantar para fotografar, porque Lucas já ia nascer. Não poderia fazer vergonha e dizer que não. Então, me levantei e, olhando por cima dos óculos (pois sou bastante míope), de forma a ver apenas penumbras e sombras suficientes para deduzir onde e o que estava acontecendo. Foi a maneira que encontrei para não dar uma de frouxo.

Logo ouvimos o choro do Lucas e desceram o lençol para Dani vê-lo. Ao cair o lençol, Lucas estava ali, ao vivo e a cores, chorando alto, todo sujo de sangue. Foi a maior emoção que já sentimos; incrível! Às 22:12, Lucas nasceu. Levaram-no então para um “bercinho” e começaram os procedimentos e exames. Todos os exames deram ótimos resultados, inclusive o teste de Apgar, em que ele ganhou nota 8/9. No dia seguinte, fizeram os testes da orelhinha e do olhinho, que também deram normal. Só não fizeram o teste do coraçãozinho que, para meu espanto, o pediatra da equipe médica não conhecia. Depois, levaram Lucas embrulhadinho e colocaram perto da Dani, que viu pela primeira vez o rostinho dele. Lindo! A anestesista tirou fotos, como Dani havia pedido. Depois, fui com Lucas até o berçário, onde já estavam a postos os avós Elenir, Luis, Silveira e Gabriela, e a tia Lílian.

Enquanto isso, no centro cirúrgico, Dani esperava o fim da cirurgia. Esse momento sim pareceu interminável para ela. Pareceu que foram muitos pontos. Ela ouviu vários comentários entre os médicos: “De onde vem tanto sangue? Me dá mais gaze! Será que é um coágulo?”; “Veja, Dr Ivan, um cisto. Será que vale a pena mexer agora?”; “[Dr Ivan] Me dá logo o bisturi.” E mais cheiro de carne queimada. Dani teve medo de algo estar dando errado e perguntpou várias vezes para a anestesista se era normal demorar tanto, e ela dizia que sim. Ainda não lembramos de perguntar ao Dr. Ivan se ele tirou mais alguma coisa de dentro da Dani além do Lucas.
 
Após o parto, Dr. Ivan confirmou as suas suspeitas. Lucas, apesar de ter descido e estar pressionando o colo do útero desde meados da gravidez, causas da medicação e do repouso, ele não estava corretamente encaixado, tese comprovada pelo hematoma na cabecinha dele. Logo, Dani seria obrigada a passar pela cesariana de uma forma ou de outra.

Mesmo Lucas tendo passado a noite no berçário, eu só dormi 4h, e a Dani nem dormiu, preocupada com a dificuldade de urinar, que durou a noite toda, e que gerou trocas de sonda etc. por quase toda madrugada. Apenas na manhã seguinte o médico receitou um diurético para regularizar o organismo dela, felizmente.

Infelizmente, a enquete foi a maior furada, e as previsões também. Nem os exames, nem a mãe, nem o obstetra, nem quem votou na enquete acertaram a data do nascimento. Só acertaram os amigos Fernando e Maria Flávia. Parabéns!
Chegada à maternidade, com os avós Elenir e Luis


Bebê com mamãe e papai


A comemoração da chegada do primeiro neto e primeiro sobrinho
(e os citados charutos)


A porta do quarto da maternidade

Lucas!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Está chegando a hora!

Ontem o tampão mucoso do útero apresentou os primeiros sinais de rompimento, apesar de a Dani ainda estar tomando remédios. Agora pouco, 6h30, ela me acorda, liga para o médico e confirma que o tampão realmente se rompeu. E as contrações, agora doloridas, estão com intervalos regulares de 7 minutos desde às 5h. Dr. Ivan disse para ficarmos monitorando as contrações que, se diminuírem para 5 minutos, devemos ligar para ele. Se o quadro se mantiver como está, devemos ir a uma consulta com ele hoje ainda. Quando Dani perguntou sobre a consulta marcada para segunda, ele riu e disse que a consulta do dia 28/11 está cancelada. J

Lembrei-me na hora da Amiga Maria Flávia, que me mandou e-mail dizendo que não votou na enquete porque não tinha como votar no dia 23/11!

O negócio agora é rezar para Nossa Senhora do Bom Parto:

Oração -> Ò Maria Santíssima, vós, por uma privilégio especial de Deus, fostes isenta da mancha do pecado original, e devido a este privilégio não sofrestes os incômodos da maternidade, nem ao tempo da gravidez e nem do parto; mais compreendeis perfeitamente as angustias e aflições das pobres mães que esperam um filho, especialmente nas incertezas do sucesso ou insucesso do parto. Olhai para mim, vossa serva, que na aproximação do parto, sofro angústias e incertezas. Dai-me a graça de ter um parto feliz. Fazei que meu bebê nasça com saúde, forte e perfeito. Atenda ao meu pedido: "FAZER O PEDIDO". Eu vos prometo orientar meu filho, sempre pelo caminho certo, o caminho que o vosso filho, Jesus traçou para todos os homens, o caminho do bem. Virgem, mãe do Menino Jesus, agora me sinto mais calma e mais tranquila porque já sinto a vossa maternal proteção. Nossa Senhora do Bom Parto, rogai por mim! Rezar 1 Pai Nosso e 1 Ave Maria.

Seja o que Deus quiser.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Preparativos finais

O dia D está chegando. A tensão do pai é total, enquanto a mãe aparenta certa tranquilidade, pois as dores nas costas, o repouso e o barrigão estão chegando ao fim. E tudo, com exceção do pai, parece estar pronto. As roupinhas do Lucas para os 6 primeiros dias já estão separadas, e as nossas malas, incluindo uma só dele, já estão prontas. O quarto parece também já estar pronto, pois acho que não falta mais nada.

As roupinhas para os 6 primeiros dias.


Arrumando a mala do Lucas e a mala pronta.


A mala dos pais.


O quarto do Lucas (no detalhe, a plaquinha da porta)

Os sites das maternidades costumam orientar quanto ao que levar para o hospital. O hospital onde pretendemos ter o Lucas recomenda levar:

Para a mãe: 1 pacote de absorvente pós parto e objetos de uso pessoal;
Para o bebê: 6 conjuntos de roupinhas, 3 mantas, 6 cueiros, 1 pacote de fraldas descartáveis.

E ainda trazem dicas importantes quanto ao registro do recém-nascido. Reparem no preconceito: o pai não precisa levar certidão de casamento para registrar o rebento, mas a mãe precisa.

Além disso, tem toda aquela correria para incluir o bebê como dependente no Imposto de Renda, no Plano de Saúde, e requerer os auxílios maternidade e creche, e a licença-paternidade. Tudo isso em até 30 dias. Vou sair do cartório com a certidão de nascimento do Lucas direto para os Correios, para fazer um CPF para ele, que sai na hora.

Outra coisa importante que esqueci de citar nos posts sobre testes e cuidados iniciais: a vacinação. O bebê deve sair da maternidade com duas vacinas tomadas: as primeiras doses da BCG e da Hepatite B. Vejam o calendário completo de vacinações de crianças no link abaixo, da Associação Brasileira de Imunizações:


Para ver outros calendários, para prematuros, adolescentes, adultos e idosos, para mulheres e vacinação ocupacional, acesse:



Intuição...

Algo me diz que está chegando a hora... (o frio na barriga é de nitrogênio líquido!)

Dois novos testes do pezinho em 2012

Ministério de Saúde vai incluir dois novos testes do pezinho em 2012
(UOL - 22/11/2011)

O Ministério da Saúde afirmou que deve incluir, em 2012, novas detecções no teste do pezinho - hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase - nos Estados que têm programas mais avançados nesse tipo de diagnóstico e no tratamento de crianças.

A hiperplasia adrenal congênita é uma doença hereditária decorrente da falta de enzimas para a produção de hormônios. A deficiência de biotinidase é uma doença metabólica que leva à falta de uma vitamina.

A ampliação dos diagnósticos feitos com o teste do pezinho foi recomendada pelo Ministério Público Federal em São Paulo nesta semana.

Teste do pezinho pode mudar no sistema de saúde público:

Além das duas detecções já citadas, outros dois tipos de testagem foram recomendados pelo Ministério Público Federal: deficiência de glicose-6-fosfato desidronagenase (ruptura da membrana de células sanguíneas na presença de alguns remédios ou alimentos) e toxoplasmose congênita (doença infecciosa).

Estas não deverão ser incluídas, segundo Miranda. "Ainda não há referência mundial de que essas duas outras doenças tenham necessidade de testagem regular em todas as crianças. Mas vamos ter protocolos [de atendimento]."

Miranda disse à Folha que o ministério pretende fazer um mapa nacional com a situação atual da testagem do pezinho e o consequente acompanhamento das crianças diagnosticadas como positivas nas detecções.

Uma experiência de Minas Gerais servirá de modelo. Lá, de acordo com o secretário, todas as crianças são testadas e, se diagnosticadas com alguma doença, são acompanhadas por profissionais de saúde.

A ideia é que se tenha, até o início do próximo ano, um raio-X dos demais Estados. "A partir daí vamos traçar um plano, que o ministério vai pilotar em parceria com os Estados, para montar serviços de referência", disse ele.