quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pais de primeira viagem

A melhor parte da última consulta com Dr. Ivan foi dessa vez a conversa na sala de espera, com um casal que acabara de parir (há 10 dias). Eles narram a experiência desses primeiros dias, que são os mais tensos para todos, pais e bebês. Além disso, elogiaram muito a equipe do Dr Ivan, principalmente a anestesista e o pediatra, que deu a eles uma cartilha com todas as informações principais, que os salvaram de praticamente todas as preocupações e dúvidas.

Segundo Eduardo e Raquel, a contração do parto se caracteriza por uma dor que vêm das costas, e te “abraça” na altura da cintura, apertando sua barriga, acompanhada de dor. E logo depois a bolsa estoura. Hora de ligar para o Dr. Ivan.

Raquel queria parto normal, mas o exame no hospital revelou que, além de o bebê não estar encaixado, ele estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço com duas voltas. Então a cesariana foi obrigatória. Segundo Raquel, a sensação mais estranha da anestesia, que paralisa da base do seio para baixo, é a sensação de que você não está respirando, visto que se perde a sensibilidade do peito para baixo. Fora isso, foi tudo tranqüilo.

Já em casa, Eduardo e Raquel contaram algumas de suas experiências como:

1) Como tudo é novidade para o recém-nascido, ele chora muito, por qualquer coisa. E como tudo também é novidade para os pais, toda tarefa parece complicada e quase impossível de ser feita, principalmente com o bebê chorando no seu ouvido. Esse contexto estressante faz os pais pensarem que não vão dar conta, que não conseguirão cuidar da criança, e o desespero e o estresse bate à porta. O que ajuda bastante é a chupeta, pois ela ajuda a acalmar o bebê, e consequentemente, ajuda a acalmar os pais também.

2) Todo esse estresse é potencializado pelas noites em claro, pois nos primeiros dias os bebês mamam em média de 2h em 2h. Mas há bebês que mamam de hora em hora. E, ao contrário do que se pensa, os pais não têm 2h para dormir entre uma mamada e outra, pois, após mamar, tem que se colocar o bebê para arrotar, além de trocar a fralda. Ou seja, o bebê leva 30min para mamar mais 30min no mínimo para arrotar e trocar fralda; logo, sobra apenas 1h para um cochilo antes da próxima mamada. Uma forma de amenizar isso, segundo Eduardo e Raquel, é se organizarem: a mãe acorda primeiro e, no final da mamada, chama o pai, que acorda para colocar o bebê para arrotar e depois para trocar a fralda; nisso, a mãe já voltou a dormir. Mesmo assim é MUITO cansativo.

3) Todo esse cansaço remete imediatamente a questão das visitas. Segundo Eduardo e Raquel, não se deve visitar um recém-nascido antes de pelo menos 15 dias, pois os pais não têm a menor condição de dar atenção a ninguém. E todo tempo livre tem de ser aproveitado para dormir. Mesmos após esses 15 dias iniciais, deve-se ligar antes para saber se os pais já podem receber visitas.

4) Beber bastante água é a melhor maneira de estimular a produção de leite. Rachel bebe 2 copos antes e 2 copos depois de amamentar, o que tem garantido bastante leite para o pequeno. Amamentar deixa a mulher com muita sede. Outra coisa boa para mulher ingerir é gelatina.

5) Apesar de todo estresse inicial, a cada dia as coisas vão melhorando, pois os pais vão se acostumando com o bebê e este, com os pais e a rotina. Esta, aliás, é a MUITO importante. O bebê precisa ter uma rotina para entender que as coisas acontecem numa ordem e numa constância. Isso também acalma o recém-nascido. Eduardo e Raquel já ensinaram ao pequeno que após as mamadas ele vai para o berço dormir, sempre. E ele já se acostumou com isso.

Enfim, devemos ter calma e paciência, pois a cada dias tudo fica menos difícil, até se tornar cada vez mais fácil, e menos preocupante. Mesmo assim, o frio na barriga continua. E a sensação de despreparo e impotência é grande.

Um comentário:

  1. Excelentes dicas. Luquinha tá chegandooooo! obs.: Depois corrige a numeração das dicas. Abraços, Brunno

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